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África

Grupo convoca protestos de apoio ao exército egípcio após fim do Ramadã

7 ago 2013 - 10h13
(atualizado às 10h24)
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O grupo egípcio "Tamarrud" (insurgente) convocou para amanhã, quinta-feira, várias manifestações de apoio ao exército e para rejeitar as ingerências estrangeiras nos assuntos do país, segundo um comunicado da organização.

"Tamarrud", que organizou os protestos de 30 de junho que pediam eleições antecipadas antes que o presidente Mohammed Mursi fosse deposto pelo exército três dias depois, convocou os egípcios a se reunirem nas "praças da revolução", após a reza que marca o começo do "Eid ul-Fitr".

A oração acontecerá no próximo amanhecer e com ela se iniciará o "Eid ul-Fitr", festa que encerra o mês de jejum muçulmano do Ramadã.

O grupo explicou que as manifestações serão na praça Tahrir e em direção ao Palácio Presidencial de Itihadiya, no Cairo; em Sidi Bishr, em Alexandria (norte); junto à Mesquita Grande, de Marsa Matruh (oeste), e na cidade de Al Beheira, no delta do Nilo.

A nota ressalta que o povo egípcio mostra "sua vontade de apoiar a intervenção das Forças Armadas para fortalecer a revolução, afirmar seus objetivos e empurrá-la para frente".

"Tamarrud" destacou que é preciso evitar que "uma só corrente", em referência à islamita, domine as praças durante a reza da festa de Fitr.

A convocação coincide hoje com um comunicado da presidência interina egípcia que deu por concluídos os esforços diplomáticos para acabar com os acampamentos de protesto dos seguidores de Mursi.

As autoridades advertiram repetidamente que iriam desmantelar à força os acampamentos nas praças cairotas de Rabea al Adauiya e de Al-Nahda, onde os islamitas permanecem.

O presidente egípcio, Adly Mansour, considerou uma "ingerência inaceitável" as declarações do senador dos Estados Unidos John McCain, que pediu ontem a libertação dos presos políticos.

McCain e o senador Lindsey Graham pediram a libertação dos presos políticos no Egito e ao início de um diálogo nacional que inclua todas as forças para sair da atual crise.

Os dois dirigentes se uniram, por incumbência do presidente americano, Barack Obama, aos esforços mediadores enviados nos últimos dias pelos enviados especiais dos EUA, William Burns, e da União Europeia (UE), Bernardino León.

EFE   
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