Grupo Brics concorda que conflito líbio deve ter solução pacífica
14 abr2011 - 07h26
(atualizado às 07h57)
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Os líderes dos países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) entraram em consenso nesta quinta-feira sobre uma solução pacífica ao conflito na Líbia durante a cúpula que realizaram na ilha de Hainan (China).
Ao final da reunião, os cinco líderes emitiram um documento final no qual assinalaram que "as partes envolvidas deveriam resolver suas diferenças de forma pacífica e com diálogo, no qual a ONU e organizações regionais deveriam ter um papel apropriado", e fizeram menção à atuação da União Africana.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, expressou na entrevista coletiva a "profunda preocupação" do grupo Brics pela "situação na Líbia e a morte de civis". "Em nossa opinião, o assunto deveria ser tratado e solucionado com o uso de meios diplomáticos e não pela força", afirmou o líder russo.
Todos os países do Brics são membros neste ano do Conselho de Segurança da ONU. Só a África do Sul (que se incorpora em 2011 ao grupo), no entanto, votou a favor da intervenção armada na Líbia. A unanimidade no pronunciamento desta quinta-feira é vista pela China como uma demonstração de consenso do Brics em assuntos internacionais.
Em sua primeira participação como membro do grupo, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, assinalou que o papel da União Africana é "ajudar os líbios a encontrar uma solução política, que deveria ser baseada nos desejos do povo líbio".
Além de Medvedev e Zuma, participaram do encontro a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e o presidente da China, Hu Jintao.
No documento final emitido após a cúpula, os membros do Brics destacaram a "preocupação com as revoltas no Oriente Médio e no norte e oeste da África e o desejo de todos é que os países afetados alcancem a paz, a estabilidade, a prosperidade e o progresso".
Além disso, todos disseram que "compartilham que no princípio o uso da força deveria ser evitado, defendem que a independência, soberania, unidade e integridade territorial de cada nação deve ser respeitada".
Os cinco líderes assinalaram a importância da presença de seus países neste ano no Conselho de Segurança da ONU para avançar na reforma da organização, a fim de que seja "mais eficaz, eficiente e representativo", consta no documento.
Veículos de forças leais a Kadafi explodem após ataque aéreo das forças de coalizão, em estrada entre Benghazi e Ajdabiyah
Foto: Reuters
Avião líbio cai em Benghazi após ser abatido em ataques aéreos, em 19 de março, no sul da cidade
Foto: AFP
Rebelde líbia atira para o alto ao ser informada sobre a retirada das forças de Muammar Kadafi de Benghazi, no dia 19 de março
Foto: Reuters
Rebelde mostra granadas de mão encontradas com combatentes leais ao Muammar Kadafi que foram mortos em Benghazi, no dia 19 de março
Foto: Reuters
Líbios choram durante enterro de vítimas de ataques aéreos realizados pelas forças da coalizão, em Trípoli
Foto: Reuters
Tanque das forças leais a Muammar Kadafi são atingidos por ataque aéreo das forças da coalizão, em estrada entre Benghazi e Ajdabiyah, no dia 20 de março
Foto: Reuters
Rebelde faz sinal de paz em frente a veículo em chamas das forças de Kadafi em estrada que leva a Benghazi, no dia 20 de março
Foto: Reuters
Rebeldes se manifestam após ataques de aviões da coalizão contra veículos de Kadafi, no dia 20 de março
Foto: Reuters
Homem acompanha destruição de veículos e armas que pertenciam às forças leias ao ditador líbio Muammar Kadafi
Foto: Reuters
Moradores comemoram em cima de um tanque destruído das forças leais a Kadafi em missão classificada pela Liga Árabe como "bombardeio de civis"
Foto: Reuters
Combatente rebelde vê veículos de Kadafi em chamas depois de bombardeio da coalizão, liderada pelos Estados Unidos
Foto: Reuters
Instalações do Exército líbio foram bombardeadas durante terceiro dia consecutivo de ataques aéreos da coalizão, na capital Trípoli
Foto: EFE
Incêndio atinge tanque de combustível em usina de geração de energia, na cidade de Ajdabiya
Foto: AP
Soldados do exército líbio caminham sobre as ruínas de prédio que, segundo Kadafi, foi destruído por missil ocidental, em Trípoli
Foto: Reuters
Líbio chora ao acompanhar enterro de vítimas dos ataques aéreos da coalizão, no local conhecido como cemitério dos mártires, em Trípoli
Foto: Reuters
Chamas consomem veículo de forças leais a Muammar Kadafi em bombardeio aéreo na estrada que liga Benghazi a Ajdabiyah
Foto: Reuters
Rebelde Líbio sorri ao observar veículos militares das de Kadafi atingidos por aviões de guerra franceses, no dia 20 de março
Foto: AFP
Opositores de Kadafi observam prejuízos provocados às forças leais ao ditador durante ataque militar francês
Foto: Reuters
Após tiroteio no centro da cidade de Benghazi, rebeldes apontam armas contra veículo que passava por posto de controle
Foto: Reuters
No chamado cemitério dos mártires, em Trípoli, líbios participam de funeral das vítimas de ataques aéreos realizados pelas forças da coalizão
Foto: Reuters
Mulheres se reúnem durante funeral em massa de mortos nos bombardeios da coalizão, em Trípoli
Foto: AP
Em foto tirada por autoridades líbias, jovens demonstram apoio a Muammar Kadafi enquanto esperam chegada de corpos de mortos em ataques aéreos da coalizão
Foto: AP
Líbios rezam em frente a caixões de supostas vítimas dos bombardeios da coalizão que atingiram Trípoli, no dia 24 de março
Foto: EFE
Caças franceses Rafale são preparados para atuar na Líbia, no porta-aviões Charles De Gaulle