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África

Governo egípcio pede novamente que islamitas abandonem acampamentos

3 ago 2013 - 07h58
(atualizado às 08h59)
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O Ministério do Interior egípcio pediu novamente neste sábado que os manifestantes islamitas abandonem seus acampamentos nas praças de Rabea al Adauiya e Al-Nahda, ameaçando adotar "medidas legais" se não aceitarem se retirar.

Em comunicado, o porta-voz do Interior, general Hani Abdelatif, reiterou que garantirá uma "saída segura" aos que deixarem as praças, enquanto os outros manifestantes se expõem a "medidas legais por seu envolvimento em atos proibidos por lei".

Segundo Abdelatif, foi comprovado que os responsáveis dos dois acampamentos estão envolvidos em assassinatos, torturas e sequestros, portam armas e incitam a violência.

Os acusou, ainda, de menosprezar as religiões, destruir sedes institucionais, prejudicar a soberania e os interesses da nação, e de ameaçar a vida e os direitos da população.

O porta-voz afirmou que o governo "zela pela segurança dos cidadãos" acampados e que se comprometem a defender seus direitos para que voltem "sãos e salvos" para casa.

Além disso, afirmou que o Ministério do Interior compreende que há muitos que querem voltar para casa, mas temem ser detidos pelas forças de segurança ou ameaçados pelos organizadores dos acampamentos.

Nesse sentido, o general Abdelatif disse que os órgãos de segurança e todo o povo egípcio compreendem que os participantes dessas manifestações sofreram "lavagem cerebral por parte dos líderes dos acampamentos".

"Só os permitem conseguir informações e notícias divulgados nos palanques dos acampamentos para controlar suas mentes e transformá-los em reféns dos dirigentes da Irmandade Muçulmana", acrescentou. O objetivo dessa "manipulação" é - afirmou o porta-voz - "usá-los em processos de negociação para obter dividendos políticos".

"Irmão cidadão de Rabea al Adauiya e Al-Nahda, o Ministério do Interior pede que você tente conhecer as opiniões das forças políticas, dos grupos revolucionários, do governo, da sociedade civil e das organizações internacionais sobre as práticas ilegais que estão sendo realizadas nesses dois lugares", diz uma nota.

Abdelatif estimulou, além disso, que aqueles que apoiam a Irmandade Muçulmana abandonem os acampamentos para assim permitir que o movimento recupere "seu papel dentro do processo político democrático honesto".

EFE   
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