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África

Governo da Argélia confirma morte de pelo menos 12 reféns

18 jan 2013 - 17h04
(atualizado às 22h14)
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Pelo menos 12 reféns morreram ontem em uma operação do Exército da Argélia que tinha como objetivo desarticular os sequestradores que mantêm centenas de trabalhadores em um complexo de gás invadido na região central do país, informou nesta sexta-feira o ministro de Comunicação argelino, Mohammed Said. Mais cedo, uma fonte ligada ao Exército da Argélia informou que mais de 650 pessoas haviam sido libertadas - 573 argelinos e “uns 100 estrangeiros”.

Policiais argelinos param carros em um posto de controle em In Amenas
Policiais argelinos param carros em um posto de controle em In Amenas
Foto: AFP

Simultaneamente ao comunicado do governo argelino, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, confirmou que foi informado por autoridades de Argel que um francês morreu durante a operação de resgate. "Um de nossos compatriotas, o senhor Yann Desjeux, infelizmente perdeu a vida. Outros três de nossos cidadãos, também presentes no local durante o ataque dos terroristas, tiveram suas vidas salvas", disse Fabius.

A situação no campo de gás de In Amenas, localizado próximo à fronteira com a Líbia, ainda é bastante incerta. O complexo foi invadido na última quarta-feira (16) por militantes islâmicos em declarada retaliação pela intervenção francesa no Mali. Ontem, o Exército iniciou uma operação que, segundo um porta-voz dos rebeldes, teria resultado na morte de 35 reféns e 15 militantes. Informações do jornal francês Le Monde indicam que parte do campo de In Amenas já foi controlado pelas forças oficiais, enquanto que em outro setor do local controlado pelos rebeldes ainda haveria mais militantes.

O campo de gás atacado pelos militantes ligados à Al-Qaeda é foco de trabalho de estrangeiros. As informações dão conta de que havia inicialmente pouco mais de 130 trabalhadores estrangeiros no local e que, desses, cerca de 100 já teriam sido libertados. As doze mortes confirmadas pelo ministro argelino não indicam a nacionalidade destas vítimas. Oficialmente, a operação de resgate prossegue.

Segundo as últimas informações repassadas pelos rebeldes à agência da Mauritânia ANI, ainda há sete reféns estrangeiros em In Amenas. Fontes do grupo autor do ataque, que se identifica como "Aqueles que assinam com sangue", ligado à Al-Qaeda, disseram que "ainda mantêm sete estrangeiros como reféns no local, que teve uma parte destruída durante o ataque das forças argelinas" ao complexo para libertá-los. Os reféns são três belgas, dois americanos, um japonês e um britânico, acrescentou a ANI em seu portal na internet.

Os rebeldes afirmam que o ataque ao complexo argelino é uma retaliação à intervenção francesa no Mali, em cuja região norte grupos de resistência batalham pela autonomia e contra o governo de Bamaco. Eles também reivindicam a libertação de líderes mantidos presos nos Estados Unidos por acusação de terrorismo.

Com informações das agências internacionais.

Fonte: Terra
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