PUBLICIDADE

África

Reino Unido diz que trabalhará com novas autoridades do Egito

William Hague, ministro das Relações Exteriores britânico, afirmou que o Reino Unido reconhece Estados mais do que governos

4 jul 2013 - 06h07
(atualizado às 06h14)
Compartilhar
Exibir comentários

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse nesta quinta-feira que vai trabalhar com as novas autoridades do Egito, apesar de afirmar que o Reino Unido não apoia uma intervenção militar em um sistema democrático.

Em declarações à BBC, Hague afirmou que o Reino Unido reconhece Estados mais do que governos, por isso tem que trabalhar com qualquer um que esteja em posição de autoridade no Egito.

Segundo explicou, Londres tem que trabalhar com as novas autoridades pela "segurança dos cidadãos britânicos, temos que fazer isso porque há muitas companhias britânicas ali".

"Sempre condeno uma intervenção militar em um sistema democrático. Esta é uma intervenção militar em um sistema democrático. Também temos que entender que é uma intervenção popular, não há dúvidas sobre isso", especificou o ministro.

Hague ressaltou que é preciso "reconhecer a enorme insatisfação no Egito com o que o presidente fez, com a conduta do governo no último ano". "Sempre vamos ser claros que não apoiamos uma intervenção militar, mas trabalharemos com as autoridades no Egito. Essa é a realidade prática da política externa".

Em comunicado divulgado ontem à noite pelo Foreign Office, Hague pediu que as partes em conflito evitassem a violência e assinalou que "não apoia uma intervenção militar como forma de resolução de disputas em um sistema democrático". Ele acrescentou que a situação é "claramente perigosa" e pediu às partes que "mostrem prudência e evitem a violência".

As Forças Armadas egípcias depuseram ontem o presidente Mohammed Mursi, eleito há um ano, e designaram como líder interino do país o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour, que deverá convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade