Várias pessoas ficaram feridas neste domingo por disparos de armas de fogo durante os funerais de 29 vítimas dos distúrbios de ontem na cidade egípcia de Port Said, segundo fontes médicas. Alguns feridos apresentavam ferimentos à bala e também há pessoas com sintomas de asfixia por gás lacrimogêneo, explicou à Efe o diretor do departamento de hospitais de Port Said, Abderrahman Farah.
A televisão egípcia afirmou que o gás lacrimogêneo foi lançado de dentro de delegacias. Milhares de pessoas participaram dos funerais na mesquita de Maryam e seus arredores, onde não há presença das forças da ordem.
O Exército está desdobrado em outras zonas da cidade, como as delegacias, o Canal de Suez e os clubes das Forças Armadas. Por meio de um comunicado, o Exército pediu calma aos cidadãos de Port Said. "Todos têm direito a se expressar pacificamente sem afetar os interesses da pátria", diz o texto. O Exército advertiu que enfrentará "com seriedade" todo aquele que intimide os cidadãos e prejudique a segurança da pátria e sua estabilidade.
Ontem, 31 pessoas morreram em Port Said nos choques entre manifestantes e a polícia, depois que um tribunal recomendou a aplicação da pena de morte para 21 acusados de participar do massacre do estádio da cidade, em 1º de fevereiro, que terminou com 74 vítimas fatais.
Um garoto usa uma máscara com as cores da bandeira do Egito no dia do refendo do país
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A oposição do Egito reclamou de fraude no primeiro turno do referendo sobre uma nova constituição
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Tanques ficam posicionados em frente ao palácio presidencial no Cairo
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Uma mulher vota no referende deste sábado que irá definir uma nova constituição para o Egito
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Manifestantes anti-Mursi jogam futebol em frente ao palácio presidencial, cercado de tanques, no Cairo
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Os egípcios vão às urnas neste sábado para votar em um referendo sobre o projeto de Constituição que divide profundamente o país e que provocou várias manifestações e confrontos.
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O referendo acontece neste sábado em 10 áreas, incluindo Cairo e Alexandria e a região instável do Sinai, que somam 26 milhões de eleitores sobre um total de 51,3 milhões. As outras 17 áreas governamentais votarão em 22 de dezembro.
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De acordo com os defensores do texto, o projeto de Constituição pretende dotar o país de um marco constitucional estável e democrático, que deve refletir as mudanças ocorridas no país desde a queda do autocrata Hosni Mubarak no início de 2011.
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Tawadros II, patriarca dos coptas ortodoxos do Egito, a maior comunidade cristã do Oriente Médio, votou no Cairo
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Presidente do Egito, Mohamed Mursi, coloca o dedo na tinta para registrar sua digital e participar do referendo no Cairo