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África

Exército nigeriano mata 14 supostos terroristas de seita islamita

31 mar 2013 - 13h49
(atualizado às 13h59)
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O Exército nigeriano matou 14 supostos terroristas da seita islamita Boko Haram durante uma operação na casa na qual se encontravam os suspeitos. A operação foi realizada na madrugada passada pela Força de Ação Conjunta das Forças Armadas no estado de Kano, anunciou o general Iliyasu Abbah na capital homônima desse estado.

Um soldado ficou gravemente ferido na operação, na qual ocorreu uma troca de tiros de mais de quatro horas entre os supostos islamitas e os membros das forças de segurança. Os soldados apreenderam armas e munição após a batida na casa. Em vários veículos estacionados no complexo do edifício foram encontrados explosivos.

Os corpos dos 14 mortos no ataque foram transferidos ao necrotério e o edifício onde se escondiam os supostos terroristas foi demolido.

A ação policial pode ter sido realizada para evitar ataques do Boko Haram contra os cristãos coincidindo com a celebração hoje do domingo de Páscoa. Os islamitas do Boko Haram costumam atentar contra igrejas durante as festividades cristãs.

A operação aconteceu duas semanas depois que supostos membros do Boko Haram semearam o pânico com um ataque suicida contra vários ônibus de luxo em Kano. Pelo menos 22 pessoas morreram no atentado segundo a polícia, mas a imprensa local eleva o número de mortos a mais de 60.

Boko Haram significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado" e seus membros defendem a imposição da lei islâmica no país, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.

Desde 2009, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que causou 1,4 mil mortes, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), embora o Exército da Nigéria garanta que mais de três mil pessoas já morreram.

Com 170 milhões de habitantes distribuídos em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, econômicas, religiosas e territoriais.

EFE   
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