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África

Exército egípcio nega que ultimato a Mursi seja um "golpe militar"

Pelo Facebook, o porta-voz militar afirma que "a doutrina e a cultura das Forças Armadas não permitem a política de golpes militares"

1 jul 2013 - 18h19
(atualizado às 18h30)
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A onda nova onda de protestos que recoloca o Egito em uma situação de instabilidade análoga à vivida durante a chamada Primavera Árabe ocorre dias após um   discurso no qual Mursi alertou para o risco de cisão nacional
A onda nova onda de protestos que recoloca o Egito em uma situação de instabilidade análoga à vivida durante a chamada Primavera Árabe ocorre dias após um discurso no qual Mursi alertou para o risco de cisão nacional
Foto: Reuters

As Forças Armadas egípcias desmentiram que o ultimato de 48 horas que deram às forças políticas nesta segunda-feira para que atendam as exigências do povo seja "um golpe militar".

Em comunicado divulgado na página de Facebook do porta-voz militar, Ahmed Mohammed Ali, o Comando Supremo do Exército afirma que "a doutrina e a cultura das Forças Armadas não permitem a política de golpes militares", e reitera que os militares "não serão parte do jogo político nem do governo".

A cúpula militar assegura que sua intervenção aconteceu para "estimular todas as partes políticas no Estado a encontrar rapidamente soluções à crise e chegar a uma fórmula de consenso nacional que atenda às reivindicações do povo".

O Exército egípcio advertiu hoje em uma primeira mensagem à nação que concede 48 horas aos grupos políticos para que assumam sua responsabilidade e respondam às exigências do povo, que foram expressadas em maciças manifestações no domingo que pediam a renúncia do presidente Mohammed Mursi.

A televisão estatal informou que uma entrevista coletiva que a presidência tinha previsto oferecer nesta mesma noite foi adiada, sem dar mais informação.

Enquanto isso, em outro comunicado, o Ministério do Interior expressou sua "solidariedade total com as Forças Armadas" e se mostrou "comprometido" com a proteção dos manifestantes e das instalações vitais do país.

Na nota, a polícia assegura que "nunca trairá o povo egípcio, que saiu (às ruas) para expressar sua opinião de uma maneira que surpreendeu todo o mundo", mas ressaltou que mantém a equidistância com todas as correntes políticas.

EFE   
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