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África

Exército egípcio adverte que agirá contra os que "convocam à violência"

25 jul 2013 - 12h04
(atualizado às 12h09)
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As Forças Armadas egípcias advertiram nesta quinta-feira "aqueles que chamam à violência e ao terrorismo" que o exército e a polícia protegerão o povo, e que as manifestações de amanhã em apoio às novas autoridades buscam "complementar a revolução do 30 de junho".

Para amanhã estão previstas no Egito manifestações que refletirão a divisão da sociedade egípcia: umas, com o apoio das Forças Armadas, em favor das novas autoridades emanadas do golpe de Estado do passado 3 de julho que derrubou o presidente do país, o islamita Mohammed Mursi, e outras, convocadas pela Irmandade Muçulmana, farão convocação por sua volta ao poder.

Em comunicado, o porta-voz militar Ahmed Ali disse que a convocação do chefe do exército e ministro da Defesa, geral Abdel Fatah al Sisi, a se manifestar amanhã, sexta-feira, "não ajuda uma ameaça contra partes específicas", em alusão aos islamitas.

Al Sisi pediu ontem apoio popular para acabar com a violência e o terrorismo, umas declarações muito criticadas pelos islamitas, que consideraram que encorajam a "uma guerra civil" no Egito.

O porta-voz militar advertiu também nessa linha "contra sair da via pacífica das manifestações e recorrer à violência e ao terrorismo".

Quanto a isso, ressaltou que essas ações serão "tratadas com firmeza e força de acordo com a lei", por isso pediu às forças políticas que "se afastem da provocação".

"A convocação (de Al Sisi) não envolve uma ameaça a partes políticas específicas mas aconteceu como uma iniciativa nacional para enfrentar a violência e o terrorismo, que não se adequa à natureza do povo egípcio e ameaça as conquistas de sua revolução e sua segurança", acrescentou.

O porta-voz disse que a convocação de manifestações feita por Al Sisi e apoiada pelo primeiro-ministro egípcio, Hazem el Beblaui, reproduz "a cena revolucionária histórica" e complementa "os esforços da presidência em favor da reconciliação".

Nesse sentido, a instituição militar reafirmou que "a reconciliação nacional e a justiça transitória são as únicas guias para que Egito supere esse período crítico e chegue a porto seguro sem excluir nenhuma corrente".

EFE   
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