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África

EUA condenam mulher que ocultou papel no genocídio em Ruanda

16 jul 2013 - 14h04
(atualizado às 14h19)
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Uma mulher de origem ruandesa foi condenada a 10 anos de prisão nos Estados Unidos e despojada de sua nacionalidade americana por ter ocultado seu papel no genocídio de Ruanda (1994), informaram nesta terça-feira fontes judiciais.

Beatrice Munyenyezi, 43 anos, foi acusada em junho de 2010 por um tribunal federal de New Hampshire (nordeste) por ter obtido a nacionalidade americana de forma ilegal, ocultando seu papel no genocídio ruandês. Na última primavera (do hemisfério norte) foi declarada culpada.

"Não era uma simples espectadora. A acusada participou pessoalmente da morte de homens, mulheres e crianças apenas porque eram tutsis", destacou o juiz Stephen McAuliffe ao pronunciar a condenação a 10 anos de prisão, a pena máxima.

A mulher será expulsa do país quando terminar de cumprir sua pena. Seus advogados anunciaram que apelarão da decisão.

Munyenyezi, que vivia em Butare (sul de Ruanda) em 1994, escondeu sua atividade no seio do Movimento Republicano Nacional para o Desenvolvimento e a Democracia, o partido que governava durante o genocídio, e em suas juventudes Interahamwe, segundo o promotor.

Em 1998, a mulher conquistou o status de refugiada e se instalou em New Hampshire. Em 2003 obteve a nacionalidade americana.

Entre 6 de abril e 4 de julho de 1994 membros da etnia hutu massacraram mais de 800 mil pessoas, a grande maioria pertencentes à minoria tutsi, segundo a ONU.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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