Tropas egípcias se preparam para tomar as ruas do Cairo e de outras cidades caso seja necessário evitar confrontos entre grupos políticos rivais, disseram fontes militares nesta terça-feira.
O chefe das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sisi, deu na segunda-feira 48 horas para o presidente egípcio, o islâmico Mohamed Mursi, solucionar a crise ou enfrentaria uma solução imposta pelo Exército. Ele disse que estava respondendo às demandas de milhões de manifestantes que pedem a renúncia de Mursi.
As fontes afirmaram à Reuters que forças de ação rápida estavam prontas desde sexta-feira para se mover com agilidade e proteger os manifestantes de ataques.
O Exército estava atento à presença de militantes tanto entre os islâmicos como seus opositores, incluindo remanescentes do aparato de segurança interna do antecessor de Mursi, o líder deposto Hosni Mubarak.
Helicópteros Apache, produzidos nos Estados Unidos, sobrevoaram o centro do Cairo na tarde desta terça-feira, onde milhares de manifestantes contrários a Mursi estavam reunidos na praça Tahrir.
Manifestantes imersos na multidão usam pequenos canhões de raio laser para protestar na marcha contra Mursi no Cairo; o Egito vive nova onda massiva de contestação do presidente, pressionado agora também pelas Forças Armadas
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Foto da noite de 30 de junho mostra homem sob foco de laser na sede da Irmandade Muçulmana; ele está atirando objetos contra a multidão que nas ruas protestava contra o grupo e o presidente Mohamed Mursi
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Manifestantes observam helicóptero iluminado por feixes de laser sobre a área da Praça Tahrir e o Palácio Presidencial egípcio
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Milhares marcham em frente ao Palácio Presidencial durante nova mobilização de protesto contra o presidente Mohamed Mursi
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Feixes verdes de lazer iluminam o novo protesto que levou milhares de egípcios às ruas com a nação dividida entre apoiadores e opositores do presidente Mursi, o primeiro mandatário egípcio da era democrática pós-Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011
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Os protestos tomam as ruas pouco mais de dois anos depois da queda de Hosni Mubarak e um ano depois do início do mandato de Mohamed Mursi, eleito no histórico pleito de 2012
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A Praça Tahrir, novamente ocupada por dezenas de milhares de egípcios, foi o epicentro da queda de Hosni Mubarak, e se torna novamente o palco central dos protestos que agora contestam a presidência de Mohamed Mursi; Mubarak permaneceu por três décadas no poder e instalou um governo centralizado no Egito, ao passo que Mursi, há um ano no cargo após ser eleito democraticamente, é acusado de autoritarismo e criticado por sua linha política próxima à Irmandada Muçulmana
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Foto em detalhe mostra helicóptero atingido por feixes de laser durante sobrevoo da ampla manifestação que tomou o centro do Cairo na noite de 30 de junho
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A onda nova onda de protestos que recoloca o Egito em uma situação de instabilidade análoga à vivida durante a chamada Primavera Árabe ocorre dias após um discurso no qual Mursi alertou para o risco de cisão nacional
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Manifestantes contrários a Mubarak observam helicópteros sobrevoando a Praça Tahrir, no centro do Cairo
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