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África

Egito envia reforços ao Sinai após sequestros e ataque com armamento pesado

20 mai 2013 - 14h25
(atualizado às 16h16)
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As autoridades egípcias enviaram nesta segunda-feira reforços policiais ao Sinai após o sequestro de sete membros das forças de segurança e um ataque com armamento pesado contra um acampamento da polícia nesta região sacudida por uma instabilidade crescente.

Oitenta unidades das Forças de Segurança Central (FSC, polícia antidistúrbios) e 26 tanques foram mobilizados no norte do Sinai, segundo uma autoridade de segurança.

Na manhã desta segunda-feira, um grupo de homens não identificados disparou "com armas pesadas durante 25 minutos" contra um acampamento das FSC em Al-Ahrash, no norte do Sinai, sem deixar vítimas, informou a agência oficial Mena, que citou um funcionário dos serviços de segurança.

"As forças encarregadas da segurança do acampamento conseguiram repelir o ataque e obrigar os homens armados a fugir", acrescentou, informando que a busca pelos criminosos prosseguia.

Esse incidente ocorre depois que na quinta-feira, no Sinai, sete soldados e policiais foram sequestrados. Em um vídeo divulgado no site YouTube e posteriormente retirado da rede, os sequestrados diziam que seus captores exigiam a libertação de militantes políticos beduínos detidos.

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, rejeitou qualquer negociação, mas um alto funcionário dos serviços de segurança indicou que "as autoridades envolvidas continuam preferindo o princípio da negociação com os captores para libertar os recrutas sequestrados".

"Até o momento, as forças de segurança não receberam uma ordem para o lançamento de uma operação para libertar os sete recrutas", acrescentou.

Por outro lado, policiais de várias delegacias do Sinai cruzaram os braços em protesto pelo sequestro de seus colegas e em solidariedade com os membros das forças de segurança que fecharam os terminais de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, e de Al-Uga, na fronteira com Israel, segundo a Mena.

A situação de segurança no Sinai se deteriorou desde o levante que derrubou do poder o presidente Hosni Mubarak, no início de 2011, e os sequestros e ataques se intensificaram.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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