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África

Egito e Turquia chamam seus embaixadores para consultas

16 ago 2013 - 12h46
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O Egito e a Turquia chamaram seus respectivos embaixadores para consultas nesta sexta-feira, após os distúrbios dos últimos dois dias no país árabe, cujos laços com Ancara se deterioraram desde o golpe militar de julho, quando o presidente Mohammed Mursi foi deposto.

Em comunicado oficial, o Ministério egípcio de Relações Exteriores informou que o titular deste departamento, Nabil Fahmi, chamou Abdurrahman Salahaddin, embaixador do Egito na capital turca, para algumas consultas.

Por sua vez, o Governo turco fez o mesmo com seu embaixador no Cairo, Hüseyin Avni Botsali.

O embaixador turco no Egito voltará hoje mesmo a Ancara após ter sido chamado para consultas por seu Governo, informou o jornal turco "Radikal".

A decisão de chamar o chefe da legação turca no Cairo para consultas foi anunciada na noite da quinta-feira pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, em uma conversa com jornalistas no avião no qual retornava de uma visita ao Turcomenistão.

Por sua vez, o Egito decidiu hoje cancelar as manobras navais conjuntas com a Turquia e denominadas "Mar da Amizade", previstas para os dias 21 e 28 de outubro na Turquia.

Segundo um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias "Mena", as autoridades egípcias adotaram essa medida em protesto pela atitude de Ancara, que supõem uma "ingerência flagrante" nos assuntos internos do Egito.

A Turquia é um dos países que mais críticos se mostrou com a atuação do Exército egípcio e, de fato, Ancara segue considerando o islamita Mohammed Mursi como presidente legítimo do Egito.

Após a operação policial da quarta-feira contra os acampamentos dos seguidores de Mursi, o presidente da Turquia, Abdullah Gül, qualificou de "inaceitável" a morte de centenas de seguidores de Mursi, enquanto o Governo de Ancara pediu a intervenção da ONU.

EFE   
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