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África

Ebola mata médico que lutava contra surto em Serra Leoa

Doença contagiosa, que não tem cura conhecida, tem sintomas que incluem vômitos, diarreia e hemorragia interna e externa

29 jul 2014 - 16h41
(atualizado às 16h43)
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<p>Khan, de 39 anos, havia sido transferido para uma enfermaria gerida pela institui&ccedil;&atilde;o M&eacute;dicos Sem Fronteiras no extremo norte de Serra Leoa</p>
Khan, de 39 anos, havia sido transferido para uma enfermaria gerida pela instituição Médicos Sem Fronteiras no extremo norte de Serra Leoa
Foto: Reuters

O médico que liderava os esforços de Serra Leoa contra o pior surto de ebola da história morreu nesta terça-feira após ser contaminado pelo vírus, disse a principal autoridade de saúde do país.

A morte de Sheik Omar Khan, que tratou mais de 100 pacientes, ocorre após o falecimento de dezenas de funcionários da saúde e a infecção de dois médicos norte-americanos na vizinha Libéria, destacando os perigos enfrentados pela equipe que tenta conter a propagação da doença na África Ocidental.

Acredita-se que o ebola tenha matado 672 pessoas em Guiné, Libéria e Serra Leoa desde que o surto começou, em fevereiro, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença contagiosa, que não tem cura conhecida, tem sintomas que incluem vômitos, diarreia e hemorragia interna e externa.

Khan, de 39 anos, saudado como um "herói nacional" pelo Ministério da Saúde, havia sido transferido para uma enfermaria gerida pela instituição Médicos Sem Fronteiras no extremo norte de Serra Leoa.

Ele morreu na tarde desta terça-feira, menos de uma semana depois que o diagnóstico foi anunciado, e no mesmo dia em que o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, deve visitar o centro de tratamento do médico na cidade de Kailahun, no nordeste.

"É uma grande e irreparável perda para Serra Leoa, já que ele era o único especialista do país em febres hemorrágicas virais", disse o médico-chefe, Brima Kargbo.

Sistemas de saúde fracos estão se esforçando para conter a doença, apesar da ajuda internacional que inclui desde médicos a equipamentos de segurança.

A taxa de mortalidade da epidemia atual é de cerca de 60 por cento, embora a doença possa matar até 90 por cento dos infectados.

Foto: Arte Terra

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