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África

Divulgado vídeo de reféns no Egito; presidente nega negociação

19 mai 2013 - 21h34
(atualizado às 21h41)
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O presidente egípcio, Mohamed Mursi, rejeitou neste domingo qualquer negociação com os sequestradores de sete policiais e soldados, no mesmo dia em que foi divulgado um vídeo com imagens dos reféns.

"Não há nenhuma negociação com os criminosos", afirmou Mursi, citado pela agência de notícias oficial Mena.

Um vídeo, divulgado este domingo em uma conta anônima do site YouTube, mostra os sete reféns com os olhos vendados e as mãos na cabeça.

Um deles está na mira de um fuzil, provavelmente nas mãos de alguém fora do enquadramento, enquanto outro declara que os sequestradores pedem a libertação de "militantes políticos" beduínos detidos, mencionando um prisioneiro condenado à morte por um ataque contra um posto policial em 2011 em El-Arish, no Norte do Sinai.

"Nós esperamos que o senhor presidente liberte o mais rapidamente possível os militantes políticos do Sinai, porque nós não podemos mais suportar a tortura", diz um dos reféns.

O vídeo foi retirado em seguida do YouTube, onde uma mensagem explicou que era contrário à sua "política sobre a violência".

Os três policiais e os quatro soldados foram sequestrados na quinta-feira na península egípcia do Sinai por homens armados que reivindicavam a libertação de um grupo de prisioneiros detidos em um posto policial no Norte do Sinai. Os policiais levados trabalhavam no posto fronteiriço de Rafah.

Seu sequestro suscitou a ira de seus colegas, que fecharam em represália um posto de travessia comercial na fronteira com Israel e a passagem de Rafah com a Faixa de Gaza.

A segurança no Sinai se degradou fortemente após o levante que destituiu do poder o presidente Hosni Mubarak no começo de 2011, com a multiplicação de sequestros e atentados.

O norte da península desértica, subdesenvolvido, virou refúgio de vários grupos islamitas, enquanto o sul prospera graças aos ganhos turísticos advindos de suas praias.

Os sequestros geralmente são realizados por beduínos que querem trocar seus reféns por companheiros presos, mas os militantes islamitas também têm se aproveitado da situação para usar o Sinai como trampolim para ataques locais ou contra Israel.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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