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África

Confrontos deixam 120 mortos e 4 mil feridos no Cairo, dizem islamistas

27 jul 2013 - 04h52
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Pelo menos 120 pessoas morreram e outras 4 mil ficaram feridas nas últimas horas em confrontos entre partidários do deposto presidente Mohammed Mursi e a polícia do distrito de Cidade Nasser, situado na capital egípcia, informou neste sábado a Irmandade Muçulmana.

Em seu site oficial, a Irmandade, com base nas fontes do hospital de campanha da Praça de Rabea al Adauiya, assinalou que a maioria das vítimas apresenta marca de tiros na cabeça, no pescoço e no peito.

No entanto, até o momento, o Ministério da Saúde não apresentou nenhuma informação sobre o número de mortos e feridos, assim como também não confirmou os confrontos denunciados pela Irmandade Muçulmana.

Segundo os islamitas, a polícia abriu fogo contra os seguidores de Mursi próximo ao monumento do soldado desconhecido, no caminho de Nasr, nas proximidades da Praça de Rabea al Adauiya, onde os seguidores do presidente deposto mantêm um acampamento.

Uma fonte dos serviços de segurança afirmou à Agência Efe que os confrontos começaram no momento em que os partidários do presidente deposto tentaram bloquear a ponte 6 de Outubro, uma das principais da cidade.

Os soldados da ordem, por outro lado, advertiram aos manifestantes para que não realizassem este tipo de protesto, mas, pouco instantes depois, a situação já estava fora de controle.

A fonte ressaltou que a polícia tentou dispersar os manifestantes com gás lacrimogêneo, os quais respondiam com pedradas e disparos de balas de chumbo.

Durante a jornada de ontem no Egito, grandes manifestações foram registradas em todo o país, tanto a favor como contra Mursi, derrubado por um golpe militar no último dia 3 de julho.

Na capital, os islamitas se concentram nas praças Rabea al Adauiya e na do Nahda, em Giza, enquanto dezenas de milhares de egípcios seguem concentrados na Praça Tahrir e em seus arredores para dar respaldo às forças armadas.

EFE   
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