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CNT nega ação da Otan e reivindica morte de Kadafi, diz agência

20 out 2011 - 11h35
(atualizado às 12h15)
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O Conselho Nacional de Transiçao (CNT), o órgão representante dos rebeldes líbios, reivindicou a ação que teria culminado na morte de Muammar Kadafi, nesta quinta-feira, em Sirte. Um porta-voz do CNT confirmou à rede Al-Arabiya que foram as forças rebeldes que mataram o coronel, desmentindo os rumores de que a morte teria sido causada durante um ataque da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Não há ainda informações precisas sobre como Kadafi morreu. Ele teria sido encontrado em um buraco de uma casa em Sirte, sua cidade natal, e atingido nas pernas, na parte inferior do corpo e mesmo na cabeça. Kadafi teria tido para que os soldados não atirassem. Depois dos tiros, segundo informou o CNT, o coronel foi levado por uma ambulância, mas não resistiu.

Havia rumores de que a morte de Kadafi teria sido resultado de uma operação da Otan, mais cedo hoje, quando a coalizão internacional bombardeou um comboio de veículos militares pró-Kadafi nas proximidades de Sirte, segundo noticiou a AFP. A Otan, todavia, não precisou se Kadafi se encontrava no comboio, "que representava uma ameaça para os civis", segundo a fonte do órgão. Até o momento, a Otan não confirmou a morte.

As circunstâncias da morte do coronel, pelo menos de acordo com as informações disponíveis até o momento, abrem espaço para a especulação acerca de uma possível execução do ex-ditador. O CNT, todavia, reiterou desde o início da revolta na Líbia que o objetivo dos rebeldes era capturar Kadafi com vida e submetê-lo ao devido julgamento.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque. Na dia 23 de agosto, os rebeldes invadiram e tomaram o complexo de Bab al-Aziziya, em que acreditava-se que Kadafi e seus filhos estariam se refugiando, mas não encontraram sinais de seu paradeiro. De acordo com o CNT, mais de 20 mil pessoas morreram desde o início da insurreição.

Fonte: Terra
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