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África

Campanha recolhe mais de 7 milhões de assinaturas para pedir queda de Mursi

29 mai 2013 - 12h43
(atualizado às 14h04)
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<p>Mohamed Mursi: primeiro presidente eg&iacute;pcio da era p&oacute;s-Mubarak sobre intensas cr&iacute;ticas</p>
Mohamed Mursi: primeiro presidente egípcio da era pós-Mubarak sobre intensas críticas
Foto: AFP

A campanha lançada por vários grupos revolucionários para pedir a saída do poder do presidente do Egito, Mohammed Mursi, conseguiu em menos de um mês mais de sete milhões de assinaturas, anunciaram nesta quarta-feira seus organizadores.

O porta-voz da iniciativa, batizada "Tamarrud" (Rebelião), Mahmoud Badr, disse em entrevista coletiva que no total 7.054.535 cidadãos egípcios assinaram o pedido, que exige a realização de eleições presidenciais antecipadas.

A campanha, que continuará até 30 de junho e que foi iniciada por treze jovens menores de trinta anos, pretende também "completar os objetivos da revolução" que derrubou o regime de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

Segundo o porta-voz, o maior número de assinaturas (1.892.025) foi recolhido na província do Cairo. Para 30 de junho, dia do fim da campanha e o primeiro aniversário da posse de Mursi, os organizadores da iniciativa convocaram uma manifestação em frente ao Palacio Presidencial para insistir em suas reivindicações.

Os organizadores da campanha acusaram Mursi de violar a Constituição e as leis do país, não preservar a independência das decisões nacionais e apoiar empresários que pertencem a Irmandade Muçulmana.

Mursi era o presidente do Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade, cargo que abandonou ao assumir a chefia de Estado.

Os integrantes da campanha, em nota divulgada hoje, queixam-se também da deterioração da economia e das condições de vida, que os responsáveis pela morte de manifestantes durante a revolução sigam impunes e da suposta lealdade de Mursi a Washington.

"Não há forma de cumprir os objetivos de nossa revolução sem derrubar o regime da Irmandade Muçulmana, porque ela é a extensão do regime de Mubarak", acrescentou a nota.

EFE   
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