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África

Boko Haram nega cessar-fogo e libertação de meninas

"O assunto das meninas está esquecido, pois já faz tempo que elas tiveram que se casar", disse o Abubakar Shekau, líder do grupo

1 nov 2014 - 09h43
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<p>Abubakar Shekau,&nbsp;l&iacute;der da Boko Haram</p>
Abubakar Shekau, líder da Boko Haram
Foto: Reuters

O líder da seita radical islâmica Boko Haram, Abubakar Shekau, negou em um vídeo que o grupo terrorista tenha estipulado um cessar-fogo com o governo da Nigéria e que vai libertar as mais de 200 meninas sequestradas há seis meses em uma escola de Chibok, no norte do país.

"O assunto das meninas está esquecido, pois já faz tempo que elas tiveram que se casar", disse Shekau, que avisou que as meninas não voltarão para suas famílias em um vídeo distribuído ontem à noite e que foi repercutido neste sábado pelo jornal nigeriano "Premium Times".

O líder dos radicais, cuja morte foi anunciada pelo Exército em várias ocasiões, apareceu na citada gravação para desmentir a suposta trégua anunciada pelos militares nigerianos no último dia 17.

Neste novo vídeo, o líder da seita islâmica, diz que os terroristas continuarão lutando contra o Estado nigeriano.

Em relação às "meninas de Chibok", garantiu que todas as menores que foram capturadas pelo grupo foram forçadas a se casar e não voltarão mais para suas famílias.

Shekau também afirmou que não conhece Danladi Adamu, o homem que, segundo o Exército nigeriano, foi o porta-voz do Boko Haram nas negociações.

"Não conhecemos esse impostor chamado Danladi Adamu, nunca lhe pedimos que falasse em nosso nome porque nesta guerra não há retrocesso", esclareceu Shekau.

Não é a primeira vez que as Forças Armadas da Nigéria anunciam um cessar-fogo com o grupo terrorista.

Também já anunciaram, em três ocasiões, que tinham matado o líder do grupo, que apareceu em um vídeo no início do mês para mostrar que estava vivo.

O Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", mantém uma violenta campanha no país que já causou a morte de mais de 3 mil pessoas neste ano, segundo informações do governo nigeriano.

Foto: Arte Terra

EFE   
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