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Mundo

Bloco africano dá 72 horas para golpistas de Mali deixarem o poder

29 mar 2012 - 18h45
(atualizado às 19h11)
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A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) deu nesta quinta-feira um ultimato de 72 horas à junta militar golpista de Mali para devolver o poder ao presidente deposto, Amadou Toumani Touré.

Caso os golpistas não cumpram essa exigência, o bloco ameaçou aplicar um embargo diplomático (retirada de seus embaixadores em Mali) e econômico (congelamento de ativos da junta militar e interrupção do envio de fundos da Cedeao ao país), informou o organismo após realizar uma reunião em Abidjan. Além disso, a Comunidade Econômica, que suspendeu Mali nesta semana como membro da organização, também ameaçou os golpistas malineses com o fechamento de fronteiras dos países-membros e a proibição que os integrantes da junta militar possam viajar pela região.

A reunião, que durou seis horas, aconteceu depois que uma delegação dos chefes de Estado da Cedeao cancelou uma reunião que tinha prevista com a junta militar malinesa em Bamaco. A delegação teve que retornar hoje a Abidjan depois que grupos de apoio aos golpistas ocuparam a pista de aterrissagem do aeroporto internacional de Bamaco, onde deviam chegar os aviões nos quais viajavam os membros dessa missão.

Este imprevisto aconteceu durante um dia de violentos enfrentamentos em Bamaco entre partidários da junta militar e manifestantes que protestavam contra o golpe de Estado que derrubou o presidente Amadou Toumani Turé no último dia 22 de março. Perante estes incidentes, a missão da Cedeao desistiu de reunir-se com o capitão Amadou Haja Sanogo, chefe dos golpistas, declararam à EFE em Bamaco fontes próximas aos antigolpistas, que não deram uma nova data para o encontro.

EFE   
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