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Aviões da Otan bombardeiam complexo de Kadafi, diz TV

23 ago 2011 - 10h35
(atualizado às 11h37)
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Aviões da Otan bombardearam nesta terça-feira o complexo Bab al-Aziziya, conjunto de edifícios fortificados que são o baluarte do líder líbio, Muammar Kadafi, num momento em que rebeldes e forças do governo travavam pesados combates na área, disse um correspondente da TV árabe

Explosão atinge o quartel-general de Kadafi no distrito de Bab al-Aziziya, em Trípoli
Explosão atinge o quartel-general de Kadafi no distrito de Bab al-Aziziya, em Trípoli
Foto: AP
Al Jazeera

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Os rebeldes estão tentando invadir o local, de acordo com um repórter da Reuters. Colunas de fumaça se desprendiam da área, de onde se ouviam ocasionais explosões.

Também era possível ouvir os estrondos dos confrontos pesados perto do hotel onde estão jornalistas estrangeiros em Trípoli, segundo uma testemunha da Reuters.

"Esperamos que isto acabe logo. Temo que a violência vá continuar até que Kadafi e sua família deixem o país", declarou um pedestre, que se identificou como Omar, um engenheiro desempregado.

A rede britânica Sky TV também divulgou que fumaça era vista saindo do complexo depois de um ataque aéreo da Otan.

Ainda nesta terça-feira, o Barein, o Iraque, a Nigéria e o Marrocos reconheceram o Conselho Nacional de Transição, o órgão de comando dos rebeldes, como representante legítimo do país.

O governo marroquino informou que seu chanceler iria viajar para Benghazi, cidade que é a base principal dos insurgentes, no leste da Líbia.

"Nas últimas 48 horas, a situação no país caminhou inexoravelmente para mais perto de uma solução", disse em nota o gabinete de Relações Exteriores da Nigéria.

"O governo federal está compreensivamente aflito para evitar mais perdas de vidas na Líbia e, portanto, pede que Muammar Kadafi tenha honra e saia do poder imediatamente, permitindo que o povo da Líbia decida o futuro do país."

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

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