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África

Aumenta para 20 número de mortos em protestos no Egito

1 jul 2013 - 12h10
(atualizado às 12h35)
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Pelo menos 12 pessoas morreram nas últimas horas em consequencia dos enfrentamentos entre islamitas e opositores na sede da Irmandade Muçulmana no Cairo, o que eleva para 20 o número de vítimas fatais nos protestos no Egito desde domingo à noite, informaram à Agência Efe fontes médicas.

Outras cinco pessoas perderam a vida em distúrbios similares em frente à sede do Partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade) na cidade de Asiut.

As fontes acrescentaram que no total 713 pessoas ficaram feridas nos protestos, que foram pacíficos até o começo da noite de ontem.

O ataque à sede da Irmandade -grupo ao qual pertencia o presidente egípcio, Mohammed Mursi, até assumir o cargo- começou ontem à noite com o lançamento de coquetéis molotov e pedras pelos manifestantes, enquanto de dentro do prédio tiros eram disparados contra os agressores.

Entre os feridos há pelo menos um oficial da polícia egípcia, que foi baleado.

Após tomar o controle do edifício, situado no bairro de Muqatam, na periferia do Cairo, os manifestantes queimaram todos os andares do prédio e causaram danos materiais.

Os escritórios da entidade foram saqueados e o grupo roubou equipamentos eletrônicos, móveis e documentos.

Em entrevista à agência oficial "Mena", um porta-voz da Irmandade acusou os agressores de terem explodido pelo menos dois bujões de gás na entrada do edifício e efetuado disparos contra a sede, o que teria deixado feridos.

Além disso, denunciou que o ataque aconteceu "à revelia total das forças de segurança".

Nesta segunda-feira, centenas de pessoas continuam se manifestando contra Mursi após terem pernoitado em tendas de campanha na praça Tahrir e junto ao palácio presidencial de Itihadiya.

A oposição deu um prazo até amanhã para que o presidente renuncie. Novas protestos estão previstos para hoje a partir das 16h locais (13h de Brasília).

Além disso, cinco ministros do governo apresentaram sua renúncia ao chefe do executivo, Hisham Qandil, segundo informou à Agência Efe um dos demissionários.

Os ministros de Turismo, Hisham Zaazu; Telecomunicações, Atef Helmi; Assuntos Parlamentares, Hatem Bagato; Meio Ambiente, Khaled Fahmi, e Recursos Hídricos, Abdelqaui Khalifa, pedem "a queda do regime" e apresentaram sua renúncia porque Mursi "não respondeu às reivindicações do povo, que saiu às ruas nos protestos de 30 de junho", disse a fonte.

EFE   
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