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África

Ativistas líbios atacam QG de ex-rebeldes em Benghazi

8 jun 2013 - 15h52
(atualizado às 17h06)
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Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 58 ficaram feridas neste sábado, durante o confronto entre uma brigada de ex-rebeldes líbios e manifestantes "anti-milícias" em Benghazi, disse uma fonte médica do Hospital Al-Jala, que fica na cidade.

A agência de notícias líbia Lana, que cita um porta-voz do Exército em Benghazi, também atualizou o número de vítimas. O primeiro balanço havia sido de sete mortos e 30 feridos.

Segundo um jornalista da AFP, dezenas de manifestantes, incluindo alguns armados, tentaram desalojar a brigada "Escudo da Líbia" de seu quartel-general, o que terminou em confronto.

Os manifestantes dizem querer a retirada das "milícias" armadas de sua cidade e pedem às forças regulares que intervenham.

A brigada "Escudo da Líbia" é formada por ex-rebeldes combatentes do regime de Muamar Kadhafi em 2011. As autoridades líbias, que tentam compor um Exército armado e uma polícia profissional, recorrem com regularidade a esses rebeldes para garantir a segurança das fronteiras, ou intervir nos conflitos tribais.

O porta-voz do "Escudo da Líbia", Adel Tarhouni, anunciou que houve um morto e sete feridos no grupo. Ele defendeu "a legitimidade" da brigada, alegando que é subordinada ao Ministério da Defesa.

Segundo Tarhouni, primeiro houve uma manifestação pacífica de várias horas na frente do QG de sua brigada, uma antiga instalação do Exército de Kadhafi.

"A manifestação foi infiltrada por homens armados que atiraram nos locais e lançaram bombas artesanais", disse ele à emissora de televisão Libya al-Ahrar.

Ali al-Chikhi, porta-voz do chefe do Estado-Maior, declarou que "Escudo da Líbia" é "uma força de reserva do Exército líbio" e que atacá-la equivale "a uma agressão contra uma força legítima".

Segundo a agência Lana, o coronel Al-Chikhi considerou o ataque contra a brigada "muito perigoso" e pediu moderação às partes envolvidas.

Em outubro, moradores de Benghazi já tinham se rebelado contra as milícias, expulsando algumas delas de suas bases.

O novo poder na Líbia fracassou em desarmar e dissolver os grupos de ex-rebeldes. Por isso, tenta legitimar alguns deles, apesar da oposição de uma grande parcela da população.

Benghazi, a segunda cidade da Líbia, onde teve início em 2011 a contestação que levou à queda do regime de Kadhafi, foi palco nos últimos meses de vários ataques a alvos ocidentais e assassinatos de autoridades de segurança.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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