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África

Ataques na capital do Burundi deixam 11 policiais feridos

20 jun 2015 - 13h11
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Vários ataques cometidos na noite de sexta-feira em diferentes bairros de Bujumbura, capital do Burundi, deixaram pelo menos 11 policiais feridos.

Fontes de inteligência disseram à imprensa local neste sábado que os incidentes foram provocados por opositores do presidente do país, Pierre Nkurunziza.

Os ataques ocorreram em bairros como Kanyosha, Mutakura-Cibitoke e Jabe, epicentro dos protestos contra a intenção de Nkurunziza de concorrer ao terceiro mandato presidencial, algo considerado pela oposição e por grupos da sociedade civil como inconstitucional.

Uma fonte próxima ao Serviço Nacional de Informação (SNR) explicou ao portal "Burundi AGNews" que nos últimos dias houve um aumento significativo de incidentes violentos à noite, apesar de as ruas de Bujumbura estarem bastante tranquilas e quase sem protestos.

Burundi está imerso em uma crise política desde abril, quando o presidente do Conselho Nacional para a Defesa da Democracia (CNDD-FDD) anunciou que Nkurunziza se candidataria para um terceiro mandato, contrariando a Constituição do país, que permite que o presidente se reeleja uma única vez.

Esse desafio provocou uma onda de protestos que deixaram dezenas de mortos, assim como uma tentativa de golpe de Estado protagonizada por um setor do Exército no último dia 13 de maio.

O governo do Burundi decidiu adiar até o próximo dia 15 de julho as eleições presidenciais, previstas inicialmente para o dia 26 de junho, devido aos protestos. Várias organizações internacionais, entre elas a União Africana, pediram a suspensão do pleito até que o país recupere a estabilidade.

Nas últimas semanas, cerca de 100 mil pessoas fugiram do Burundi com medo da repressão política e buscaram refúgio em Ruanda, na Tanzânia e na República Democrática do Congo, segundo dados do Alto Comissariado das Nações para os Refugiados (Acnur).

EFE   
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