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África

Ataque militar do Quênia na Somália mata mais de 30 do Al Shabab

10 jan 2014 - 06h32
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Mais de 30 membros da milícia radical islâmica Al Shabab, inclusive vários dirigentes importantes, morreram ontem em um ataque de aviões de combate quenianos em um acampamento dos insurgentes no sul da Somália, informaram nesta sexta-feira as Forças Armadas do Quênia.

"No dia 9 de janeiro de 2014 às 18h locais (13h de Brasília), caças das Forças de Defesa do Quênia atacaram um acampamento do Al Shabab no qual era realizada uma reunião em Garbarahey, na região somali de Gedo", explicou o Exército queniano, em comunicado.

"A avaliação inicial de danos da batalha indica que morreram mais de 30 integrantes do Al Shabab, inclusive alguns dirigentes importantes. Vários insurgentes escaparam com ferimentos múltiplos", diz a nota.

Além disso, "mais de cinco veículos e grandes ativos foram destruídos". Por enquanto, os fundamentalistas não se pronunciaram sobre o incidente.

Em outubro de 2011, o Exército do Quênia entrou na Somália devido a uma onda de sequestros em território queniano que foram atribuídos ao Al Shabab, grupo que ameaçou retaliar com ataques terroristas.

De fato, os radicais se responsabilizaram pelo ataque cometido em setembro do ano passado no shopping center de Westgate em Nairóbi, que causou pelo menos 72 mortes (incluídos cinco terroristas), segundo os números oficiais.

A milícia, que em 2012 anunciou sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda, controla amplas zonas do centro e do sul do Somália, onde o frágil governo do país ainda não está em condições de impor sua autoridade.

As tropas da Missão da União Africana (AMISOM, que também é integrada por soldados quenianos), o Exército somali, as forças etíopes e as milícias pró-governo combatem os islamitas, que tentam instaurar no país um Estado islâmico de caráter wahabista.

A Somália vive em estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados.

EFE   
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