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África

Ataque atribuído ao Boko Haram deixa pelo menos 11 mortos na Nigéria

18 jun 2013 - 07h28
(atualizado às 08h08)
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Pelo menos 11 pessoas morreram em um ataque atribuído ao grupo fundamentalista islâmico Boko Haram em uma escola na cidade nigeriana de Damaturu, capital do estado de Yobe, afirmou nesta terça-feira o jornal local "Premium Times" em seu site.

Entre os mortos há dois professores e sete estudantes, informou o porta-voz do Exército da Nigéria Eli Lazarus ao "Premium Times".

Lazarus explicou que, durante o ataque - que aconteceu na noite de domingo -, dois dos terroristas morreram por disparos do exército e três soldados ficaram feridos com gravidade.

O doutor Salem Umar, do Hospital Geral de Damaturu, confirmou que 11 corpos foram levados para o Instituto Médico Legal no domingo, além de vários feridos.

"Internamos seis estudantes com ferimentos distintos, que estão sendo tratados nos centros de urgência", afirmou Umar.

O ataque ocorreu no estado de Yobe, um dos três sob o estado de emergência declarado pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, o que concede a administração 'de facto' do território ao exército.

Desde o último dia 16 de maio, a Nigéria realiza uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país (todos eles sob estado de emergência), após um aumento da atividade criminosa nessa área, onde opera o Boko Haram.

O grupo, cujo nome significa "a educação não islâmica é pecado" em línguas locais, luta supostamente pela imposição da lei islâmica no país africano, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia matou o líder de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que causou mais de três mil mortes, segundo números do exército nigeriano.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos étnicos, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre com múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

EFE   
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