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África

Argélia garante que não vai negociar com terroristas que mantêm reféns

16 jan 2013 - 18h40
(atualizado às 19h40)
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O ministro do Interior da Argélia, Daho Ould Kablia, afirmou nesta quarta-feira que seu governo não vai negociar com o grupo terrorista que mantém dezenas de reféns estrangeiros retidos em um campo de tratamento de gás no sudeste do país.

"Há dois caminhos, uma solução é pacífica, e a outra, violenta", disse Ould Kabilia à rede de televisão estatal antes de ressaltar que um "grande número" de soldados e membros das forças de segurança estão na região no cerco aos terroristas.

O ministro explicou que os sequestradores, menos de 20 no total, segundo relatou, pediram para deixar o país com um grupo de reféns, mas insistiu que as autoridades se negam a satisfazer suas exigências.

Para Ould Kablia, a única solução é que os terroristas se entreguem pacificamente às forças de segurança, porque, caso contrário, a situação será resolvida de maneira violenta, disse, embora sem entrar em detalhes neste sentido.

Segundo o ministro, os criminosos não são originários de Líbia ou Mali, países fronteiriços com a Argélia, e não deixaram o solo argelino, o que contrasta com o que foi dito à Agência Efe por um dirigente das forças de fronteira líbias. Ele afirmou que ontem à noite dois veículos, nos quais estavam vários reféns, atravessaram a fronteira argelina em direção a Tunísia após um confronto com guardas líbios.

A agência oficial argelina informou que são 20 os estrangeiros sequestrados no complexo, e que entre eles haveria cidadãos de nacionalidades britânica, norueguesa, americana, francesa, japonesa e irlandesa.

No entanto, Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) assumiu a autoria do ataque e disse que mantinha 41 estrangeiros em seu poder, sete deles americanos.

Na madrugada de hoje, um grupo "fortemente armado" atacou instalações de tratamento de gás operadas pela estatal argelina Sonatrach, pela British Petroleum e a Statoil, e que ficam na província de Ilizi, perto da fronteira com a Líbia.

Nos ataques, primeiro contra um ônibus de trabalhadores e posteriormente contra o complexo, morreram duas pessoas, um argelino e um britânico, e outras seis ficaram feridas, duas delas de nacionalidade estrangeira, segundo o ministro.

EFE   
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