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África

Argélia deu resposta adequada à crise de reféns, afirma Hollande

19 jan 2013 - 16h25
(atualizado às 16h47)
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O presidente francês, François Hollande, considerou que a resposta da Argélia para terminar com o sequestro no campo de gás de In Amenas foi a "mais adequada" porque "não podia haver negociação" com os terroristas salafistas que tomaram esse complexo na quarta-feira passada.

Fontes oficiais citadas pela agência estatal argelina "APS", indicaram que pelo menos sete reféns e 11 terroristas morreram hoje no ataque final do Exército argelino ao campo de gás, situado junto à fronteira com a Líbia e propriedade da empresa estatal argelina Sonatrach, que o explorava conjuntamente com a britânica BP e a norueguesa Statoil.

Fontes dos serviços de segurança afirmaram que o último ataque aconteceu perante a certeza que os terroristas tinham decidido suicidar-se em grupo após perder a esperança de escapar e depois de comprovar que tinham começado a assassinar os reféns a sangue frio.

Hollande reconheceu que ainda não dispunha de todos os dados da operação realizada contra o grupo salafista, mas considerou que "com tantos reféns envolvidos e terroristas tão friamente determinados, a Argélia deu a resposta mais adequada".

Anteriormente, em discurso perante autoridades locais da cidade de Tulle, o chefe do Estado francês comentou que a ação dos terroristas pôs em perigo "a vida de várias centenas de pessoas" e que vários reféns foram "assassinados de forma covarde".

"Um argumento suplementar" - ressaltou - para justificar a intervenção francesa no Mali, que, segundo suas próprias palavras, durará "o tempo necessário para vencer o terrorismo nessa parte da África".

Em dezembro do ano passado, Hollande fez uma visita oficial à Argélia na qual se esforçou em unir os dois países visando à missão africana que a França já estava preparando para expulsar os grupos salafistas que ocupam o norte do Mali.

EFE   
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