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África

Após morte de criança, Mali registra novo caso de ebola

O governo malinês ainda não confirmou a informação

11 nov 2014 - 22h59
(atualizado em 12/11/2014 às 07h59)
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<p>No Mali, criança de dois anos foi a primeira vítima do ebola</p>
No Mali, criança de dois anos foi a primeira vítima do ebola
Foto: Joe Penney / Reuters

Um novo caso de ebola foi registrado na capital do Mali, Bamaco, em um homem adulto chegado da vizinha Guiné, um dos países que mais sofre com o surto da doença, informaram fontes médicas e diplomáticas.

O homem foi detectado com o vírus no Hospital Pasteur, um dos mais bem equipados da capital, e é possível também que um membro da equipe médico que o atendeu tenha sido contaminado, segundo fontes do mesmo centro.

O governo malinês ainda não confirmou a informação, que chega justamente quando seria suspensa a quarentena de um primeiro grupo de 100 pessoas postas em observação após a morte no último dia 24 de outubro de uma menina de dois anos, também chegada da vizinha Guiné.

O rumor sobre este novo caso de ebola se propagou durante toda a tarde pelas redes sociais e os telefones celulares, criando um movimento de pânico que levou às famílias a evacuar espontaneamente e sem ordem médica quase todos os pacientes do Hospital Pasteur, segundo pôde comprovar a Agência EFE.

Libéria e Mali anunciam avanços contra o ebola

A Libéria, um dos países mais afetados pela epidemia de ebola, anunciou nesta terça-feira a queda no número de novas infecções. Os novos casos no país caíram de uma média de 500 por dia para 50, informou o vice-ministro da Saúde liberiano, Tolbert Nyenswah, números que confirmam a diminuição do número de casos em todo o mundo.

<p>Agentes de saúde carregam corpo de vítima do ebola em Freetown, na Serra Leoa, dia 21 de outubro</p>
Agentes de saúde carregam corpo de vítima do ebola em Freetown, na Serra Leoa, dia 21 de outubro
Foto: Josephus Olu-Mamma / Reuters

"Já não se trata do número de casos de ebola que tínhamos há dois meses, está reduzindo", garantiu à AFP Nyenswah na segunda-feira.

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na segunda-feira ter suspendido a quarentena de 25 pessoas de um total de 100 que teriam estado em contato com o único caso confirmado da doença no Mali.

A vítima, uma menina de dois anos da Guiné que viajava com sua avó, foi diagnosticada com Ebola em Kayes, no oeste do Mali, onde morreu em 24 de outubro. Durante sua viagem por ônibus e táxi com sua avó, irmão e tio, ela entrou em contato com um total de 108 pessoas, que foram identificadas pelas autoridades do Mali com o apoio da OMS.

"Dessas 108 pessoas, 25 foram mantidas em observação por 21 dias e receberam alta (...) Até agora nenhuma apresentou sintomas de Ebola ou dado positivo nos testes", explicou a OMS.

De acordo com Abdoulaye Nene Coulibaly, um médico da equipe de emergência de Kayes, todos os que permanecem isolados nesta cidade poderiam receber alta nesta terça-feira caso não apresentem sintomas. "A avó da menina está bem e os outros também", disse à AFP.

A OMS acredita ser improvável a propagação do vírus no Mali e explicou que a menina tinha "sintomas de sangramento, mas sem diarreia durante a viagem".

Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde anunciaram a cura de Craig Spencer, um médico de 33 anos que contraiu ebola quando tratava de pacientes infectados na Guiné. Ele receberá alta do hospital em Nova York onde está internado em breve.

"Depois de um rigoroso tratamento e acompanhamento, Dr. Craig Spencer, admitido e diagnosticado com o vírus Ebola no HHC Bellevue Hospital foi declarado curado", diz um comunicado oficial.

O governo dos Estados Unidos, onde houve nove casos, lidera os esforços internacionais para combater o surto e financiou programas de combate ao Ebola na Libéria. O primeiro centro especializado construído pelo país foi inaugurado na segunda-feira em Tubmanburg, uma cidade a cerca de 70 km de Monróvia, capital da Libéria.

"A busca de casos, o contato e o monitoramento e as pesquisas têm ajudado muito na luta" contra o vírus, declarou Gorbee Logan, responsável pelo serviço de saúde nesta área.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) também publicou nesta terça-feira um curso online para ajudar as pessoas que lutam com a doença para desacelerar sua expansão.

A Gâmbia anunciou a suspensão da restrição de acesso ao seu território, decidida em setembro, para os cidadãos dos países mais afetados.

A doença causada pelo vírus ebola, também conhecida como febre hemorrágica do vírus, é uma doença com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 90%. O contágio se dá por meio do contato direto com sangue, fluidos corporais e secreções da pessoa infectada.

O surto de ebola que teve início neste ano, o maior da história, já matou 5 mil pessoas, sendo a Libéria um dos países mais afetados, junto a Serra Leoa e Guiné.

Com informações da EFE e AFP. 

Veja como o Ebola ataca o organismo:

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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