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África

Após golpe no Egito, oposição da Tunísia pede dissolução do governo

4 jul 2013 - 16h01
(atualizado às 16h26)
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O principal partido de oposição tunisiano Nidaa Tunes, dirigido pelo ex-primeiro-ministro Beji Caid Esebsi, pediu nesta quinta-feira a demissão do governo dirigido pelos islamitas do Ennahda e exigiu a formação de um governo de salvação nacional, no dia seguinte ao golpe de Estado no Egito que derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi. O partido denuncia a ausência de legitimidade da atual equipe e a "intransigência do movimento (islamita) Ennahda", o que, segundo o Nidaa Tunes, alimenta a violência.

Mais cedo, o Ennahda denunciou o golpe militar que derrubou Mursi e defendeu a legitimidade que emana das urnas. O Ennahda considerou em um comunicado que o exército passou por cima da "legitimidade do primeiro presidente eleito (democraticamente) no Egito". Segundo o partido islamita tunisiano, este "golpe de Estado (...) alimentará o extremismo e a violência".

Já o presidente tunisiano, Moncef Marzouki, excluiu nesta quinta-feira que as autoridades tunisianas corram o risco de ser derrubadas, como ocorreu no Egito, mas convocou-as a ficar a tentas e a levar em conta as demandas sociais e econômicas. Interrogado sobre um possível golpe de Estado em seu país, o presidente respondeu: "Não acredito, porque aqui o exército é republicano". No entanto, os líderes tunisianos têm que "entender o sinal, estar atentos, compreender que há importantes demandas no plano social, econômico", considerou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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