Após Bin Laden, rebeldes líbios pedem a morte de Kadafi
2 mai2011 - 13h19
(atualizado às 14h43)
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Os rebeldes da Líbia comemoraram nesta segunda-feira a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, e disseram que seria "um grande presente" se os Estados Unidos matassem também o ditador líbio Muamar Kadafi.
"Uma grande parte do terrorismo internacional terminou com a morte de Bin Laden nesta segunda-feira em uma operação desencadeada por forças especiais americanas no Paquistão", declarou Ahmed Omar Bani, porta-voz militar do Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes na cidade de Bengasi. "Seria um grande presente se os Estados Unidos também matassem Kadafi", completou.
Osama bin Laden morreu na noite de domingo em um ataque das forças especiais americanas. Ele estava em uma casa relativamente luxuosa, localizada a 80 km ao nordeste de Islamabad, na periferia da bela cidade turística de Abbottabad, que abriga uma academia militar.
O presidente americano, Barack Obama, caminha em direção ao Salão Leste da Casa Branca, em Washington, para iniciar seu discurso sobre a morte de Osama bin Laden. Obama iniciou seu pronunciamento afirmando: "Hoje à noite, eu posso relatar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos realizaram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder da Al-Qaeda"
Foto: AP
"Foi há quase 10 anos que um brilhante dia de setembro foi escurecido pelo pior ataque ao povo americano em nossa história", disse Obama. "Em 11 de setembro de 2001, no nosso tempo de sofrimento, o povo americano se uniu. Oferecemos aos nossos vizinhos uma mão, e oferecemos aos feridos nosso sangue", afirmou o presidente
Foto: AP
"Nós rapidamente descobrimos que os ataques de 11 de setembro foram realizados pela Al-Qaeda - uma organização liderada por Osama bin Laden, que tinha declarado abertamente guerra nos Estados Unidos e se comprometeu a matar inocentes em nosso país e ao redor do globo", disse Barack Obama. "E assim fomos para a guerra contra a Al-Qaeda para proteger os nossos cidadãos, nossos amigos e nossos aliados", disse o presidente
Foto: AP
"Por mais de duas décadas, Bin Laden foi líder e símbolo da Al-Qaeda, e continuou a planejar ataques contra nosso país e nossos amigos e aliados. A morte de Bin Laden assinala a conquista mais significativa até a data do esforço de nossa nação para derrotar a Al-Qaeda", destacou Obama
Foto: AP
"Sua morte não marca o fim do nosso esforço. Não há dúvida de que a Al-Qaeda continuará com os ataques contra nós. Precisamos manter-nos vigilantes em casa e no exterior", alertou o presidente americano, que disse que "a nossa guerra não é contra o Islã". "Bin Laden não era um líder muçulmano, ele era um assassino em massa de muçulmanos", afirmou
Foto: Reuters
"O povo americano não escolheu essa luta. Ele veio pelas nossas costas, e começou com a matança sem sentido dos nossos cidadãos", disse Barack Obama. O presidente americano finalizou seu discurso desejando que "Deus abençoe os Estados Unidos da América"