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África

Apoiadores de Mursi protestam no Egito; Exército exibe força

19 jul 2013 - 11h40
(atualizado às 12h15)
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Simpatizantes do presidente deposto Mohamed Mursi rezam durante protesto na praça Rabaa Adawiya, no Cairo
Simpatizantes do presidente deposto Mohamed Mursi rezam durante protesto na praça Rabaa Adawiya, no Cairo
Foto: Reuters

Milhares de apoiadores do presidente egípcio deposto, Mohamed Mursi, reuniram-se no Cairo nesta sexta-feira para exigir a restauração do líder islâmico, enquanto os oponentes também planejaram protestos em locais próximos.

Duas formações de caças cruzaram o céu ensolarado da cidade ao término das orações do meio-dia. Quatro helicópteros do Exército circulavam, enquanto outros cinco, arrastando bandeiras egípcias, voavam baixo sobre o Cairo, em uma clara demonstração de força dos militares.

A Irmandade Muçulmana convocou manifestações em todo o país, acusando o chefe das Forças Armadas, general Abdel-Fattah al-Sisi, de encenar um golpe contra o primeiro presidente eleito livremente no Egito.

Apoiadores de Mursi realizam uma vigília do lado de fora de uma mesquita no subúrbio de Nasr City, no Cairo. Milhares convergiram na sexta-feira para se juntar aos protestos, que incharam depois das orações do meio-dia.

"Hoje à noite, hoje à noite, hoje à noite, Sisi cai hoje à noite", gritou um homem, liderando as palavras de ordem. Em uma enorme bandeira com uma foto de Mursi se lia: "Juntos para apoiar a legitimidade."

Confrontos eclodiram quando partidários de Mursi começaram a cantar contra Sisi, o chefe do Exército, depois das orações perto de al-Azhar, no centro do Cairo, disseram fontes de segurança. A polícia disparou tiros para o ar para dispersá-los e prendeu dois apoiadores da Irmandade após confrontos, disseram. Não foram registradas vítimas.

O Tamarud, movimento de jovens que organizou enormes protestos anti-Mursi em 30 de junho, também planeja manifestações para esta sexta-feira, incluindo uma perto da vigília de Nasr City. O movimento apelidou seus protestos como "o povo contra o terrorismo", culpando seguidores de Mursi pela violência recente.

O policiamento foi intensificado na sexta-feira e 10 blindados de transporte de tropas estavam estacionados em uma ponte sobre o Nilo no centro de Cairo, uma rota que manifestantes islâmicos teriam que atravessar caso tentem chegar a praça Tahrir, foco do acampamento anti-Mursi.

Pelo menos 99 pessoas morreram vítimas da violência desde a remoção de Mursi, mais da metade deles quando as tropas dispararam contra manifestantes islâmicos em frente a um quartel Cairo em 8 de julho.

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