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África

"Alarmado com a violência" no Egito, Ban condena uso de força excessiva

19 ago 2013 - 15h13
(atualizado às 15h18)
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta segunda-feira estar "alarmado" com a violência no Egito, condenou o uso excessivo da força por parte das autoridades e pediu a todos os setores "máxima contenção".

"Estou alarmado pela explosão de protestos violentos e o uso excessivo da força e condeno com firmeza os ataques contra as igrejas, hospitais e outros edifícios públicos", disse Ban em entrevista coletiva na sede das Nações Unidas.

Além de pedir a libertação do presidente deposto Mohammed Mursi e uma ampliação do espaço político da Irmandade Muçulmana, ofereceu apoio para resolver a crise com a visita ao Cairo do chefe de assuntos políticos da ONU, Jeffrey Feltman, amanhã.

O secretário-geral, que reiterou que não há justificativa para se atacar à população civil e destruir infraestruturas que são importantes para o futuro do Egito, pediu "máxima contenção" às partes e que as diferenças sejam resolvidas através do diálogo.

Diante da atual "polarização" do conflito, Ban insistiu que é responsabilidade das autoridades e dos líderes políticos e sociais acabar com a violência, e pediu um plano "crível" para conter os conflitos e "reavivar" o processo político.

Feltman viajará amanhã ao Cairo para se reunir com as autoridades e ver como as Nações Unidas podem dar suporte a iniciativas para "restaurar a paz e conseguir a reconciliação", acrescentou o secretário-geral.

Ao ser perguntado por que ele mesmo não irá pessoalmente ao Cairo, Ban respondeu que a ONU está fazendo os esforços "diplomáticos" para resolver uma crise que, segundo disse, "é inaceitável".

"Falei com as distintas forças dentro do Egito e com os líderes regionais, mas não tornamos público cada esforço diplomático", acrescentou Ban, que acrescentou que "não é o momento da vingança, mas da reconciliação".

O Egito está imerso em uma onda de violência que deixou mais de 900 mortos desde a última quarta-feira, quando a polícia desmantelou dois acampamentos de manifestantes islamitas no Cairo que reivindicam o retorno ao poder de Mursi, deposto por um golpe militar em 3 de julho.

EFE   
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