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África

Al-Qaeda acusa os EUA de complô para derrubar Mursi no Egito

2 ago 2013 - 23h04
(atualizado em 3/8/2013 às 01h19)
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O chefe da rede Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, acusou os Estados Unidos de organizar um complô com o Exército egípcio para derrubar o então presidente islamita Mohamed Mursi, afastado do poder e preso pelos militares há um mês. A mensagem de áudio foi divulgada neste sábado em um fórum de jihadistas.

"Os cruzados, os laicos e o Exército americanizado (do Egito) se acertaram (...), graças ao dinheiro dos países do Golfo e a um complô dos americanos para derrubar o governo de Mohamed Mursi", declarou Al-Zawahiri, um egípcio que sucedeu a Osama bin Laden, morto em maio de 2011 por soldados americanos no Paquistão.

Ao evocar os "cruzados", o líder da Al-Qaeda se referiu diretamente aos cristãos da comunidade copta, que compõem entre 6% e 10% da população egípcia. "Apoiaram a destituição de Mursi para criar um Estado copto (...) no sul do Egito", criticou.

Em 3 de julho, o comandante do Exército e ministro da Defesa, Abdel Fattah Al Sisi, depôs o primeiro presidente eleito democraticamente, mais de um ano depois da queda do presidente Hosni Mubarak. Mursi faz parte da Irmandade Muçulmana, a influente confraria islamita que ganhou as eleições legislativas, no final de 2011.

O Exército justificou sua destituição pela insatisfação que levou milhões de egípcios às ruas, exigindo sua renúncia. Mursi teria monopolizado o poder em benefício exclusivo da Irmandade.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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