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África

Acontecimentos no Egito desde a queda de Mursi

16 ago 2013 - 17h28
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Relação dos principais acontecimentos no Egito desde a destituição do presidente islamita Mohamed Mursi pelo exército no último 3 de julho.

- 3 de julho: Após manifestações em massa exigindo a saída do presidente um ano depois de sua eleição, o Exército derruba Mursi e anuncia eleições antecipadas. Mursi é preso "preventivamente" no Ministério da Defesa, enquanto sua equipe de governo é mantida presa em um prédio militar.

- 5 de julho: O guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, pede uma mobilização "de milhões" até que Mursi volte ao poder e denuncia um "golpe de estado militar".

Mais de 37 mortos e mil feridos, especialmente no Cairo e em Alexandria.

- 7 de julho: Centenas de milhares de manifestantes contra Mursi se reúnem liderados pelo movimento Tamarrod (rebelião).

- 8 de julho: 57 mortos e 480 feridos durante manifestação pró-Mursi no bairro de Nasr City, no Cairo. A Irmandade Muçulmana fala em "massacre" e pede um "levante". As forças armadas incriminam um ataque de "terroristas" contra a sede da Guarda Republicana.

- 10 de julho: A Irmadade Muçulmana rejeita a oferta de fazer parte do governo interino. As autoridades egípcias ordenam a prisão do Guia Supremo da Irmandade, Mohamed Badie, e de outros líderes do movimento por envolvimento na violência que causou mais de 50 mortes em 8 de julho no Cairo.

- 16 de julho: Novo governo é formado, e os partidos islamitas ficam de fora. O gerenal Sissi continua ministro da Defesa e ocupa também o cargo de vice Primeiro-ministro.

- 26 julho: Manifestações opõem simpatizantes e dissidentes de Mursi. O presidente deposto é formalmente colocado em prisão preventiva por cumplicidade nos ataques atribuídos ao Hamas palestino e uma fuga da prisão no início de 2011.

- 27 de julho: 81 civis e um policial são mortos em confrontos entre islamitas e as forças de ordem no Cairo.

- 31 de julho: O governo dá "carta branca" às tropas de ordem para acabar com os acampamentos de simpatizantes de Mursi.

- 4 agosto: a justica fixa para 25 de agosto a abertura do processo contra seis dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles guia supremo, Mohamed Badie. Badie, foragido, deve responder por "incitação à morte".

- 7 de agosto: O Exército anuncia ter matado "60 terroristas" no Sinai, onde os ataques de combatentes islamitas aumentaram muito desde a queda de Mursi. As forças de ordem perderam cerca de 30 homens.

O governo anuncia interino anunciou, ao término de dez dias de debates diplomáticos, que os esforços internacionais para resolver a crise haviam fracassado.

- 12 de agosto: A justiça prolonga a prisão preventiva de Mursi.

- 14 agosto: intervenção violenta das forças de segurança para dispersar os partidários de Mursi de duas praças do Cairo. O registro oficial indicava 578 mortos, sendo 535 civis, e mais de 3.500 feridos em todo o país. A Irmandade Muçulmana, contudo, diz que o número de mortos chega a 2.200 e mais de 10.000 feridos.

A Presidência decreta estado de emergência por um mês em todo o país. O governo também impõe toque de recolher no Cairo e em outras 13 províncias. O vice-presidente Mohamed ElBaradei renuncia ao cargo.

- 15 de agosto: A polícia é autorizada a usar balas reais contra os manifestantes que atacarem prédios públicos ou as forças de ordem.

O presidente americano, Barack Obama, condena a violência no Egito e anuncia o cancelamento de manobras militares conjuntas previstas para acontecerem no Cairo.

- 16 de agosto: Pelo menos 70 pessoas são mortas no país em confrontos entre simpatizantes de Mursi e as forças de ordem.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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