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África do Sul liberta mandante de assassinato de herói antiapartheid

29 mai 2015 - 09h47
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O político de direita que planejou o assassinato de um herói antiapartheid sul-africano obteve liberdade condicional por motivos médicos nesta sexta-feira, o que anulou uma decisão anterior do ministro da Justiça de bloquear a sua saída da prisão.

Foto de arquivo de 1997 de Clive Derby-Lewis.
Foto de arquivo de 1997 de Clive Derby-Lewis.
Foto: Juda Ngwenya 19 / Reuters

Clive Derby-Lewis, político de extrema direita que planejou o assassinato do líder do Partido Comunista Chris Hani em 1993, em uma tentativa de desencadear uma guerra racial, cumpria pena de prisão perpétua pelo assassinato.

Derby-Lewis foi diagnosticado com câncer e requereu a liberdade condicional. Mas o ministro da Justiça, Michael Masutha, negou o pedido em janeiro pelo fato de seu câncer estar no estágio 3, e não no estágio 4, um pré-requisito para que seja considerada a liberdade condicional médica.

Ele, então, pediu à Justiça que reavaliasse a decisão do ministro, e teve seu pedido acatado.

Derby-Lewis escapou da pena de morte porque foi abolida no país e já estava há 20 anos na prisão.

O assassinato de Hani pôs em risco a transição da África do Sul de um governo de minoria branca para uma democracia multirracial, já que deu origem a distúrbios em todo o país e provocou temores de uma guerra civil.

(Reportagem de Olivia Kumwenda-Mtambo)

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