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África

Eleição no Quênia: derrotado, premiê vê irregularidades e impugnará resultado

9 mar 2013 - 11h28
(atualizado às 11h44)
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Idoso deixa seção eleitoral após votar em Gatundu
Idoso deixa seção eleitoral após votar em Gatundu
Foto: AP

O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, derrotado nas eleições presidenciais, anunciou neste sábado que impugnará os resultados perante a Corte Suprema porque o pleito teria sido afetado por irregularidades "em massa".

O candidato fez o anúncio depois que a Comissão Eleitoral Independente (IEBC) confirmou que o vice-primeiro-ministro, Uhuru Kenyatta, ganhou com 50,07% dos votos, o que evita um segundo turno, e que Odinga obteve 43,3%.

"O processo sancionado constitucionalmente para escolher os líderes (deste país) foi abortado por outras eleições defeituosas", afirmou o primeiro-ministro, líder da Coalizão para a Reforma e a Democracia (CORD).

Odinga, que dispõe de uma semana para empreender qualquer ação legal, alegou "ilegalidade" durante eleições que tachou de "corruptas", assim como "manipulação em massa do registro de eleitores". No entanto, o candidato da CORD pediu que seus eleitores mantenham a calma. "Qualquer violência agora poderia destruir esta nação para sempre", advertiu.

O primeiro-ministro assinalou que teria reconhecido o triunfo de Kenyatta se as eleições tivessem sido "honestas", e acrescentou que tem "fé" na Justiça e que aceitará a resolução do Tribunal Supremo, máxima instância judicial do Quênia.

Na quinta-feira passada, a CORD pediu a interrupção da apuração eleitoral porque "carecia de integridade".

"Temos provas que os resultados que recebemos foram manipulados", assegurou então o "número dois" de Odinga, o vice-presidente queniano, Kalonzo Musyoka. "Em alguns casos - explicou Musyoka -, o total de votos depositados excede o número de eleitores registrados".

Essa queixa foi formulada um dia depois que a IEBC decidiu reiniciar a apuração de votos manualmente devido a erros no sistema eletrônico.

EFE   
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