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Europa

Mortos por gripe são 135 na Ucrânia; surto pode adiar eleições

7 nov 2009 - 10h22
(atualizado às 10h55)
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As autoridades de saúde da Ucrânia informaram neste sábado que 135 pessoas já morreram de gripe no país desde meados de outubro, situação que pode forçar o adiamento das eleições presidenciais de janeiro.

Só nas últimas 24 horas, foram registradas 25 mortes por pneumonia ou outros problemas respiratórios, destacou o Ministério da Saúde.

Ao todo, 871.037 pessoas ficaram gripadas desde o início da epidemia, mais de 100.000 entre ontem e hoje. Em todo o país, há quase 40.000 ucranianos internados, 317 deles em estado grave.

As cidades mais afetadas pelo surto da doença continuam sendo a de Lviv (oeste), onde foram registradas mais 12 mortes, e a de Ivano-Frankovsky, com cinco óbitos.

Devido à rápida propagação da gripe por quase todo o território, a Presidência da Ucrânia disse que pode adiar até maio de 2010 as eleições presidenciais previstas para 17 de janeiro.

"Se o Governo não conseguir assumir o controle da epidemia de gripe, não será possível descartar a decretação de estado de emergência e o adiamento do pleito", disse Igor Popov, subchefe do gabinete da Presidência.

Segundo o funcionário, a epidemia "mudou radicalmente o andamento da campanha eleitoral" e "colocou em dúvida a igualdade de oportunidades entre os candidatos e os direitos dos eleitores".

"A quarentena está vigente nas regiões mais politizadas e não está em vigor em outras. A proibição de comícios prejudica mais os opositores, já que os candidatos governistas podem visitar as regiões em quarentena, se reunir com a imprensa, o que faz outros candidatos se sentirem discriminados", acrescentou.

O presidente da Rada Suprema (Legislativo), Vladimir Litvin, também candidato à Presidência, apoiou o adiamento da votação.

Por sua vez, o líder da oposição Viktor Yanukovich, propôs a suspensão da campanha eleitoral, mas ninguém até agora defendeu a suspensão temporária da eleição.

EFE   
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