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Mídias sociais ajudam a localizar pessoas em terremoto no Nepal

28 abr 2015 - 09h56
(atualizado às 09h56)
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Plataformas como Facebook, Google e Twitter possibilitam a internautas oferecer informações ou procurar por amigos e parentes em meio ao terremoto, enquanto canais tradicionais de comunicação estão fora do ar.

O número de mortos após o terremoto no Nepal continua subindo. Pelo menos 4.400 mortes foram relatadas até agora, mas existem algumas áreas ainda isoladas, o que leva a crer que esse número deve aumentar. Organizações de ajuda humanitária têm dificuldade em chegar ao país, e obter informações sobre pessoas desaparecidas é praticamente impossível.

Diversas plataformas online, como Facebook e Google estão agora tentando facilitar a busca por amigos ou parentes através de seus aplicativos. O provedor de telefonia por internet Viber suspendeu a cobrança de todas as chamadas para ou a partir do Nepal.

"Meus pais estão em segurança"

Desde sábado, o mural do Facebook de pessoas que têm amizades no exterior exibe fotos de pessoas desaparecidas, pedidos de doações e listas de telefones úteis para os quais os afetados no Nepal podem ligar.

Prabhakar, que vive em Toronto, no Canadá, fez da frase "pray for Nepal" sua imagem de capa no Facebook. Ele tem usado a rede social para dizer aos amigos preocupados que sua família está bem. "A todos que perguntaram: meus pais no Nepal estão seguros. E como todas as pessoas em segurança, eles também vivem em constante medo", escreveu ele neste domingo.

Ravi, um jovem nepalês que trabalha para o Banco Mundial em Washington, compartilhou uma lista de "locais onde há água, comida e abrigo nos arredores de Katmandu". Seus amigos do Facebook no Nepal podem se informar sobre onde há um grupo que distribui macarrão de graça ou uma organização que fornece garrafas com água potável.

Também no Twitter são lançadas ações de ajuda. Uma jornalista divulgou no serviço uma lista com números de emergência que podem ser chamados dentro do país.

As pessoas usam as mídias sociais para se ajudar mutuamente porque outros canais de comunicação foram interrompidos. Agências de ajuda internacional chegam ao país lentamente, mas a vontade de ajudar e a criatividade não conhecem limites na internet.

"Vejo cada vez mais em meu mural mensagens de amigos que esperam fora de suas casas que a terra pare de tremer. Ao mesmo tempo, as reações rápidas me dão coragem. Vamos todos fazer nossa parte na reconstrução do Nepal", escreveu Ankita, uma jovem jornalista indiana, no Facebook.

Ajuda de grandes empresas

As empresas responsáveis pelas redes sociais entenderam o chamado dos usuários. O Facebook ativou seu Safety Check, um programa que contata pessoas em áreas de desastres. Com um clique, o usuário pode informar se está em segurança ou se está longe da área afetada. Além disso, pode marcar também outros usuários como "em situação de segurança" ou procurar amigos na área do desastre.

A Google ativou o person finder. A empresa usou a ferramenta pela primeira vez em 2010, após o terremoto no Haiti. Desde então, o Google sempre ativa o programa após grandes catástrofes naturais, como depois do terremoto, tsunami e desastre nuclear em Fukushima, no Japão, em março de 2011.

Uma equipe de crise da empresa "analisa a magnitude do desastre" e decide se a ferramenta deve ser ativada.

As pessoas podem ou usar o person finder para procurar uma pessoa desaparecida ou para postar informações sobre ela. As pessoas que estão procurando alguém podem compartilhar uma foto do desaparecido na plataforma, junto com informações sobre a última vez em que a pessoa foi vista.

A entrada é atualizada sempre que novas informações são adicionadas. Então se alguém postar que viu a pessoa desaparecida, o status muda de "alguém procura informações sobre esta pessoa" para "alguém sabe que esta pessoa está viva".

O próprio buscador Google também rastreia vários bancos de dados. Com isso, pessoas que buscam os entes queridos desaparecidos não precisam procurar em várias páginas diferentes.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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