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Mães da Sé ganham aplicativo para reforçar a sua missão

9 mai 2014 - 08h00
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No ano em que completa 18 anos, o Movimento Mães da Sé celebra a chegada de um reforço de peso: um aplicativo que ajuda no espalhamento das fotos dos desaparecidos via Google, o maior mecanismo de buscas do mundo. Até o final de 2013, a divulgação das imagens dos desaparecidos era feita, em sua grande maioria, de forma manual, e requeria verdadeiras romarias por parte das voluntárias.

O APP pode ser baixado gratuitamente por quem possui o navegador Chrome, do Google. Uma vez instalado, todas as vezes que procurar imagens no mecanismo de busca, sobre qualquer tema, o usuário terá acesso imediato a cinco fotos de crianças desaparecidas. 

Para adquirir relevância mundial, o aplicativo, desenvolvido gratuitamente pela Agência África, recebeu o nome de Missing Children. Tanta inovação rendeu um Leão de Prata à agência, no festival de Cannes, na França.

Ivanise Esperidião da Silva, fundadora e diretora da instituição, decidiu criar o movimento Mães da Sé depois que sua filha desapareceu, 18 anos atrás
Ivanise Esperidião da Silva, fundadora e diretora da instituição, decidiu criar o movimento Mães da Sé depois que sua filha desapareceu, 18 anos atrás
Foto: Divulgação

“A África criou um projeto inovador e a nossa expectativa em encontrar as crianças é muito grande, pois o número de acessos é imenso”, diz Ivanise Esperidião da Silva, fundadora e diretora das Mães da Sé que, desde 1996, trataram de 9.222 casos. “Desse total, nós encontramos 3.937 pessoas com vida e registramos 212 óbitos.” 

Até abril deste ano, nenhuma criança havia sido localizada via APP Missing Children. Mas no ano passado o programa recebeu uma carga de 900 fotos digitalizadas de desaparecidos cadastrados na instituição. 

Em 2014, uma campanha com os cantores Rogério Flausino e Wanessa Camargo, além da apresentadora Sabrina Sato, tem como missão viralizar o aplicativo na rede.

“Outra ferramenta com a qual contamos é a progressão de idade dos desaparecidos, pois usamos fotos 3D que demonstram como aquela criança estaria hoje. Temos ainda as redes sociais, que fazem um belíssimo trabalho de divulgação para encontrar as pessoas, principalmente, por meio do Facebook e do Twitter”, diz Ivanise.

Principal divulgação das imagens ainda é manual 

Diariamente chegam três novos pedidos de ajuda ao escritório das Mães da Sé, no centro de São Paulo. É feito um cadastro do desaparecido e, a partir daí, começa a divulgação na internet e, pessoalmente, no Ministério Público, Conselhos Tutelares e Varas de Infância e Juventude e Delegacia de Desaparecidos. 

“Quando eu perdi a minha filha, há 18 anos, eu não tive ninguém para me dar uma palavra de conforto, de carinho. Aqui as mães depositam sua última esperança, por isso devem ser tratadas com muito afeto, respeito, amor e consideração”, afirma Ivanise, que capitaneia um time de voluntários e parceiros composto por mães, psicólogos, advogados e assistentes sociais.

O movimento, que não tem fins lucrativos, é mantido por meio de doações voluntárias.

Fonte: Dialoog Comunicação
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