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Liberado sob fiança redator chefe de jornal reformista iraniano

30 out 2009 - 10h42
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O redator chefe do jornal - já fechado - "Etemad-e Meli", Mohamad Ghuchani, e amigo pessoal do candidato reformista nas últimas eleições presidenciais, Mahdi Karrubi, foi liberado hoje sob fiança após passar 131 dias preso.

Segundo a agência de notícias Ilna, Mohamad Ghuchani foi liberado ontem à noite da prisão de Ewin, em Teerã, depois de pagar uma fiança de 1 bilhão de riais (quase 67,5 mil euros).

Ghuchani tinha sido detido no último dia 20 de junho, uma semana depois do anúncio do resultado das eleições presidenciais que provocou grandes manifestações de protesto em Teerã.

Nada mais conhecerem os primeiros resultados preliminares, os candidatos reformistas à Presidência Mir Hossein Musavi e Mehdi Karrubi denunciaram uma fraude maciça em favor da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Na repressão dos protestos teria morrido de 30 - segundo números oficiais - a 72 pessoas - de acordo com a oposição que denuncia também torturas nas prisões.

Mais de 100 dos 4 mil detidos, entre eles importantes ativistas políticos reformistas, ainda estão presos e luta contra um julgamento em massa que a oposição qualificou de "farsa".

Apesar de Ghuchani ter enfrentado dois julgamentos contra os detidos, acusados de tentar provocar uma revolução contra a República Islâmica, ele ainda não foi acusado formalmente de nenhum delito.

As autoridades iranianas já condenaram a morte cinco dos detidos acusados de atuar contra a segurança nacional, tentar derrubar o regime islâmico de Teerã e pertencer aos grupo de oposição no exílio.

Na manhã de hoje o advogado de Hossein Rasam, empregado da embaixada britânica em Teerã, anunciou que um tribunal ditou sentença contra ele, mas afirmou que as autoridades ainda não informaram o conteúdo da sentença, mas meios de comunicação fora do Irã afirmam que Rasam foi condenado a quatro anos de prisão.

No último dia 20 de outubro um tribunal revolucionário do Irã também condenou a mais de 12 anos de prisão o professor americano de origem iraniana Kian Tajbakhsh por sua participação nos protestos.

EFE   
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