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Laboratório distribuirá vacina contra gripe no 2º semestre

22 jul 2009 - 09h42
(atualizado às 10h13)
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O gigante farmacêutico britânico GlaxoSmithKline (GSK) afirmou nesta quarta que começará o envio dos 195 milhões de doses da vacina contra a gripe suína que tem comprometidas a diferentes países a partir do segundo semestre deste ano.

A companhia afirmou que fez um investimento de 2 bilhões de libras (2,312 bilhões de euros) para a pesquisa e desenvolvimento desta vacina, assim como para ampliar a produção do antiviral Relenza, cuja demanda aumentou consideravelmente à medida em que a doença se expande.

Neste sentido, a GSK afirmou que, no final deste ano, a capacidade de produção deste remédio será triplicada, até 190 milhões de caixas.

A Glaxo faz parte do grupo de 30 laboratórios encarregados de fabricar a vacina contra uma pandemia que, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), já deixou mais de 700 mortos no mundo todo desde o surgimento do foco no México, no final de abril.

A firma inglesa anunciou na terça-feira que está desenvolvendo um novo mecanismo capaz de diagnosticar a gripe suína em apenas uma hora com a mesma precisão dos exames clínicos.

Baseado na tecnologia PCR (que mede a reação de polimerase em tempo real), este instrumento representa, segundo a farmacêutica, "um avanço muito promissor" que garantirá que os pacientes "sejam diagnosticados e recebam o tratamento adequado o mais rápido possível".

Elaborado com a ajuda da empresa britânica Enigma Diagnostics, os testes começarão no final de ano, e com isso o teste poderia chegar ao mercado em 2011, após receber o sinal verde das autoridades reguladoras.

Em 13 de julho, a OMS indicou que a pandemia de gripe suína não pode ser contida e ressaltou a necessidade de que todos os países obtenham doses suficientes da vacina.

Segundo a diretora de Pesquisa de Vacinas da OMS, Marie-Paule Kieny, é bastante improvável que a vacina esteja disponível antes do inverno no hemisfério norte, dado que o processo de autorização dos remédios que cumprirem os requisitos poderia se prolongar até dezembro.

A GSK começou a trabalhar nela em maio, quando recebeu a cepa da gripe A (H1N1), e já tem comprometidos 195 milhões de doses com Reino Unido, França, Bélgica e Finlândia, e está em conversas com 50 países.

Além disso, a companhia anunciou que doará 50 milhões de doses aos países menos desenvolvidos, para apoiar a contenção do novo vírus.

Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

EFE   
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