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Oriente Médio

Kofi Annan fará terceira viagem à Síria como mediador

8 jul 2012 - 08h44
(atualizado às 09h25)
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O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, viajará nesta segunda-feira a Damasco para sua terceira visita ao país desde que foi nomeado mediador do conflito, informou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sírio, Jihad al-Maqdisi.

O anúncio da visita ocorre dois dias após uma conferência dos países "Amigos da Síria" em Paris, onde os 107 participantes expressaram seu apoio à missão de Annan e pediram que o Conselho de Segurança da ONU eleve a pressão sobre o regime de Damasco.

As visitas anteriores de Annan à Síria foram em março e maio deste ano.

Após o fracasso do plano do mediador, que estipulava um cessar-fogo, em vigor desde 12 de abril e violado pelas partes, há agora sobre a mesa uma nova iniciativa lançada pelo Grupo de Ação para a Síria (integrado por Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido, Turquia, Liga Árabe, ONU e União Europeia).

Essa nova proposta, respaldada pelo próprio Annan, sugere a formação de um governo de transição que inclua representantes do regime sírio e da oposição.

As autoridades sírias ainda não deram uma resposta oficial a essa iniciativa, mas a imprensa oficial criticou-a por considerar que não leva em conta a opinião dos cidadãos e que ignora a existência de grupos armados.

Apesar dos poucos resultados do plano inicial de Annan para o fim das hostilidades, o chefe dos observadores militares da ONU mobilizados na Síria, o general norueguês Robert Mood, não descartou a retomada dos trabalhos ainda neste fim de semana.

Para isso, impôs como condição que as partes em conflito se comprometam com "a interrupção da violência e a aplicação do plano de seis pontos" de Annan, que prevê, entre outros aspectos, um cessar-fogo, a retirada das tropas das cidades, a libertação dos presos políticos e um diálogo entre as autoridades e a oposição.

Os trabalhos da missão de observadores, cujo objetivo era supervisionar o fim das hostilidades, foram suspensos no dia 16 de junho passado devido ao aumento da violência, mas seus membros continuam na Síria.

EFE   
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