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Justiça austríaca encerra caso Kampusch e descarta cúmplices

8 jan 2010 - 11h10
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A Justiça austríaca considerou hoje encerrado o caso de Natascha Kampusch, a jovem austríaca sequestrada durante oito anos e sobre a qual houve vários boatos e especulações.

O chefe da Procuradoria de Viena, Werner Pleischl, disse hoje à imprensa que Wolfgang Priklopil foi o único autor do sequestro e que não houve mais cúmplices nem envolvidos.

Dessa forma, descarta-se definitivamente o envolvimento de Ernst Holzapfel, amigo íntimo de Priklopil, sobre o qual houve muitas especulações.

A jovem, que hoje tem 21 anos, se mostrou aliviada pela conclusão da investigação.

"Agora, ela quer que estes horríveis rumores cheguem ao fim", declarou o assessor de comunicação de Kampusch, segundo a agência austríaca "APA".

O porta-voz insistiu em que "ela sempre disse que nunca teve conhecimento de cúmplices".

"Agora, há um resultado da investigação pelos especialistas, e comprovaram de novo mais ou menos cada rumor", explicou o assessor.

A investigação do caso Kampusch foi encerrada precipitadamente em novembro de 2006, apenas três meses depois de a jovem conseguir escapar após oito anos de cativeiro. Em outubro de 2008, o caso foi reaberto, com a suspeita de um segundo envolvido como principal sequestrador.

Desde a reabertura das investigações, a Procuradoria interrogou 110 pessoas e analisou amostras de DNA da casa em cujo porão Priklopil trancou Kampusch quando a jovem tinha 10 anos.

"Temos certeza de que não houve cúmplices", afirmou hoje Ernst Geiger, do departamento de crime organizado do Escritório Federal de Investigação Criminal.

Essa teoria se sustentava principalmente na declaração de uma testemunha que afirmou ter visto dois homens sequestrarem Kampusch, quando ela estava a caminho do colégio. Além disso, Holzapfel teria confessado que Priklopil lhe apresentou à jovem, embora assegurasse desconhecer de quem se tratava.

Já antes do anúncio de hoje, a Procuradoria de Viena tinha deixado claro que não haverá mais investigações e que todas as questões sobre o caso foram resolvidas.

No entanto, as autoridades policiais admitiram erros na investigação. Priklopil foi um entre centenas de suspeitos interrogados e descartados pela Polícia durante a ampla operação de busca realizada após o sequestro.

"De fato, os indícios sobre Wolfgang Priklopil foram erroneamente levados em conta no decorrer dos fatos. Aquilo foi um grande erro", reconheceu hoje Geiger.

EFE   
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