Japão diz que explosão em usina nuclear não foi no reator
12 mar2011 - 09h04
(atualizado às 10h22)
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O governo do Japão assegurou que a explosão que aconteceu neste sábado na usina nuclear 1 de Fukushima, no norte do Japão, depois do grande terremoto que atingiu o país na sexta-feira, não foi no reator nem produziu um grande vazamento radioativo.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do Executivo, Yukio Edano, disse que a explosão, que também não danificou o depósito que protege o reator, aconteceu por causa de uma reação química entre hidrogênio e oxigênio e assegurou que diminuiu o nível de radiatividade na área.
Apesar disso, o Governo mantém a ordem de evacuação em um raio de 20 quilômetros em torno da usina, mas Edano insistiu que se trata de uma medida de "prevenção" e que não há um risco específico.
O acidente aconteceu às 15h36 hora local (3h36 de Brasília), quando uma equipe tentava esfriar um reator nuclear da usina 1 de Fukushima, danificada pelo forte terremoto de ontem.
A explosão derrubou o teto e as paredes do armazém que abriga o depósito do reator e deixou quatro feridos que, segundo a companhia elétrica operadora da usina, não estão em estado crítico.
O fato na usina nuclear de Fukushima agravou seriamente a preocupação no Japão, onde a Agência de Segurança Nuclear tinha alertado para a possibilidade de que ocorresse um processo de fusão no reator, com o risco de liberar uma elevada radiatividade. A advertência foi emitida depois que se detectasse césio radioativo perto da usina, aparentemente procedente do reator.
Após o terremoto de 8,9 graus na escala Richter, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o nível de radiatividade na usina alcançou até mil vezes seu nível habitual na sala de controle de um reator e até 70 vezes seu nível perto da entrada principal.
Para o local viajou na primeira hora de hoje o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, que qualificou o terremoto como um desastre "sem precedentes" no Japão e assinalou que o tsunami posterior foi muito maior que o esperado.
Também agradeceu a ajuda internacional oferecida ao Japão para enfrentar a devastação e disse que avalia a possibilidade de enviar soldados de reforço para os trabalhos de emergência, dos quais já participam 50 mil militares.
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11 de março - Pescadores de Mazatlán, no México, removem seus barcos do mar devido ao alerta na costa do Pacífico
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11 de março - Na Indonésia, moradores aguardam fora de suas casas, em Manado, onde houve alerta de tsunami
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11 de março - O diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas, Renato Solidum, aponta para mapa indicando o local do terremoto
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11 de março - Mulher observa as ondas na praia de Waikiki, em Honolulu, no Havaí, que entrou em alerta para o risco de tsunami
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11 de março - Marinheiros dão instruções a turistas após o governo emitir um alerta preventivo no Chile
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11 de março - Oficiais da Marinha chilena discutem medidas de prevenção para a chegada das ondas, na baía de Valparaiso
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11 de março - No Chile, pescadores recolhem seus barcos diante do alerta de ondas gigantes, em Talcahuano
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11 de março - P=Nos EUA, painel alerta para o risco de tsunami na autoestrada 17, que vai para Santa Cruz, na Califórnia
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11 de março - O chefe do Instituto de Defesa Civil do Peru, Luis Palomino, concede entrevista à imprensa e diz que o país tem apenas alerta preventivo
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