Japão aprova primeiros testes de resistência em reatores nucleares
A Comissão de Segurança Nuclear do Japão aprovou nesta sexta-feira os resultados dos testes de resistência a que foram submetidos dois reatores da usina nuclear de Oi (centro), na primeira vez em que o organismo dá sinal verde a uma análise deste tipo.
A aprovação dos testes, impostos pelo governo após o acidente na central de Fukushima Daiichi, causado pelo desastre de 11 de março, prepara o caminho para que o primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, e outros três ministros do governo deem a ordem para reativar as unidades 3 e 4 de Oi.
Até o momento, nenhum reator detido por revisão técnica voltou a ser posto em funcionamento após a crise de Fukushima, ao tempo que as prefeituras que acolhem usinas nucleares exigiram a implementação de medidas que evitem um desastre similar antes de sua reativação.
Segundo os testes de resistência (simulações virtuais para analisar a resistência dos reatores a desastres naturais), as unidades 3 e 4 de Oi podem suportar um terremoto de intensidade 1,8 vez maior que o sismo mais forte contemplado em suas diretrizes de segurança e um tsunami de até 11,4 m de altura.
O Japão mantém 52 de seus 54 reatores comerciais detidos após o desastre de Fukushima e deve desligar outro na próxima segunda-feira, enquanto o último que restará operacional, o número 3 da central de Tomari, na ilha de Hokkaido (norte), será desligado no final de abril.
Após o acidente de Fukushima, o Japão, que obtinha um terço de sua energia da fissão nuclear, supriu esse vazio com uma maior geração em suas centrais térmicas, o que elevou suas importações de hidrocarbonetos e que não garante a ausência de cortes em sua provisão elétrica no próximo verão.
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