Itamaraty afirma ter plano para evacuar brasileiros no Níger
Desde a última sexta-feira (16/01), mais de 20 igrejas cristãs e não cristãs foram atacadas por manifestantes islâmicos em várias cidades do país no Norte da África
Igrejas e estabelecimentos cristãos coordenados por missionários do Brasil foram atacados em protestos contra a revista Charlie Hebdo. Embaixada brasileira diz que plano de retirada só será executado em caso extremo.
Seis estabelecimentos cristãos coordenados por missionários brasileiros em Niamey, capital do Níger, foram destruídos durante protestos contra a publicação de charges do profeta Maomé na última edição da revista satírica francesa Charlie Hebdo.
Desde a última sexta-feira (16/01), mais de 20 igrejas cristãs e não cristãs foram atacadas por manifestantes islâmicos em várias cidades do país no Norte da África. Dez pessoas morreram.
Incêndios no Níger marcam protestos contra Charlie Hebdo:
Segundo o Itamaraty, 33 brasileiros que estão em Niamey e na cidade de Maradi são monitorados pela Embaixada do Brasil em Benim, país vizinho responsável pela diplomacia no Níger. Nenhum deles ficou ferido durante os protestos, que têm como alvo símbolos religiosos não islâmicos.
“Pedimos que eles se reunissem em poucas casas para facilitar uma eventual evacuação. Mas esse seria um caso extremo. A expectativa é de que não cheguemos a esse nível”, disse à DW Brasil o encarregado de negócios da embaixada brasileira em Benim, João Carlos Zanini.
Dois templos e uma escola da ONG britânica World Horizons, coordenada por brasileiros em Niamey, foram incendiados. Uma igreja do Ministério Guerreiro de Deus, que tem sede em São Paulo, também foi destruída.
Neste sábado, pouco antes do início de encontros de estudo bíblico, duas unidades da Igreja Presbiteriana Viva, de Volta Redonda (RJ), sofreram saques. "A devastação foi completa. Até animais de estimação foram queimados vivos", disse Zanini.
O governo brasileiro recebeu informações de que bandeiras do grupo radical islâmico Boko Haram estariam entre os manifestantes. Neste domingo e nesta segunda-feira, o governo do Níger conseguiu conter pequenas aglomerações.
"Vamos aguardar até sábado, que é o dia de culto islâmico, para dizer que a situação está normalizada", afirmou Zanini.
Os protestos, que tiveram início na última sexta-feira, foram motivados pela publicação de uma charge do profeta Maomé na primeira edição da Charlie Hebdo após o ataque terrorista que deixou 12 mortos na sede da revista, em Paris.
A participação do presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, na marcha de líderes contra os atentados na capital francesa também motivou os atos de violência no país africano.
Milhares de pessoas se reúnem na Praça da República em Paris, para paricipar da manifestação em homenagem às vítimas dos ataques terroristas à capital francesa
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Manifestantes exibem placas com a seguinte mensagem: " Je Suis Charlie", em referência à revista de humor atacada por dois irmãos terroristas
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Manifestantes sobem no monumento da Praça da República, que expõe os valores exaltados pela França: liberdade, igualdade e fraternidade
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Milhares de pessoas foram convocadas a participar da Marcha da Unidade, em Paris
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Manifestante exibe uma bandeira da França durante concentração na Praça da República
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Manifestação é realizada em memória das vítimas dos autores dos atentados contra a revista de humor Charlie Hebdo e a um mercado judaico de Paris
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O ex-presidente Nicolas Sarkozy recebe os cumprimentos do atual líder francês, François Hollande, no Palácio do Eliseu
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O primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, é recebido pelo presidente francês antes do início das manifestações
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O rei da Jordânia, Abdullah, e a esposa, a rainha Rania, também foram a Paris para participar das homenagens
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta o presidente da França, François Hollande
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acena para os jornalistas ao ser recebido por Hollande no Palácio do Eliseu
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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, é recepcionado pelo colega François Hollande na sua chegada ao Palácio do Eliseu
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Autoridades da Alemanha, Espanha, Jordânia, Israel, Reino Unido e de vários outros países se juntam ao presidente François Hollande durante a marcha pela liberdade
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O presidente francês, François Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
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De braços dados, líderes mundiais marcham pela liberdade de expressão e em homenagem aos mortos nos atentados de Paris
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Manifestantes percorrem as ruas de Paris durante marcha pela liberdade
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Jovem francesa desenha dois lápis sendo atingidos por avião, de modo similar ao ataque as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001
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Familiares de vítima carregam cartaz "Eu sou Michael Saada" durante a marcha em Paris
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Ao todo, 40 líderes mundiais perfilam com os braços entrelaçados em passeata em Paris, em torno do presidente francês, François Hollande
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Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
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Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
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Lápis virou símbolo dos manifestantes contra o ódio provocado pelos extremistas nos atentados em Paris
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Colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux muito emocionado durante a marcha pela liberdade
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Homem toca estátua pichada ao lado do símbolo da marcha, "Je Suis Charlie"
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Franceses acedem velas com cair da noite na marcha pela liberdade em Paris
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Uma mulher acende uma luz e reverência os quatro cartunistas mortos no ataque à revista Charlie Hebdo
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Vista geral da marcha pela liberdade neste domingo
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Homem usa lápis durante ato em Paris em homenagem aos cartunistas mortos
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Franceses carregam bandeira do país e faixas em homenagem às vítimas do ataque
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Pessoas escalam monumento em Paris durante ato neste domingo
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Velas são acesas na praça da Liberdade em Paris
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Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e presidente francês, François Hollande, lado a lado na Grande Sinagoga de Paris