Santa Catarina

Ampla aliança é o alvo

Fabrício Escandiuzzi

O atual governador Raimundo Colombo (PSD) é o nome a ser batido na eleição de 2014. Escolhido após uma ampla aliança que incluiu PMDB e PSDB, o então candidato do DEM venceu o pleito de 2010 no primeiro turno, com ampla vantagem sobre as adversárias Angela Amin (PP) e Ideli Salvatti (PT).

A seu favor, conta o fato que Colombo, agora no PSD, faz um governo sem polêmicas com outros partidos. Mais do que isso: ainda conseguiu o apoio do PP, tradicional rival dos peemedebistas, para sua base de governo. A permanência de uma ampla aliança em 2014 depende justamente da posição do PMDB. Caso o partido, que possui a maior base eleitoral do Estado, permaneça em uma possível aliança, os progressistas devem rumar para uma candidatura própria.

O PMDB, como em todas as outras eleições, defende uma candidatura própria, que poderia ser do atual vice-governador Eduardo Pinho Moreira, eterno postulante ao cargo, ou do ex-prefeito de Florianópolis, Dário Berger.

O PT apresenta como opção a ministra Ideli Salvatti, derrotada ainda no primeiro turno em 2010. O problema é que a ex-senadora vem enfrentando o desgaste dentro da própria legenda. Cláudio Vignatti, que ficou em terceiro lugar na luta pelo Senado há três anos, pode surgir como opção.

RAIO-X - Santa Catarina

Número de eleitores: 4.739.345
Governador atual: Raimundo Colombo (PSD)
Deputados federais: 16
Deputados estaduais: 40

Possíveis candidatos

Angela Albino (PCdoB) - Ficou em terceiro lugar na disputa pela prefeitura de Florianópolis depois de sair como favorita. É um nome forte para a disputa, mas deve buscar manter o mandato de deputada estadual.

Cláudio Vignatti (PT) - Foi deputado federal e acabou derrotado na disputa pelo Senado em 2010. Passou três anos sem cargos de expressão, mas é um nome forte dentro do PT, onde disputa a presidência estadual.

Dário Berger (PMDB) - O ex-prefeito de Florianópolis disputou uma indicação para o cargo de governador pelo PMDB em 2010. Passou o ano de 2013 em um período “sabático”, mas é nome forte nas urnas. Pesa contra sua indicação o fato de não possuir histórico no PMDB.

Elson Pereira (PSOL) - Apontado como “fenômeno eleitoral” na disputa pela prefeitura de Florianópolis em 2012, quando obteve 14% dos votos, o professor pode ser uma “cartada” do PSOL para buscar votações mais expressivas no Estado. Entretanto, uma corrente dentro do partido defende a candidatura de Elson para o cargo de deputado federal ou estadual.

Esperidião Amin (PP) - Ex-governador, senador e candidato à presidência em 1994, Amin é historicamente o nome mais forte entre os progressistas. Foi derrotado nas últimas três eleições majoritárias que disputou e atualmente exerce o cargo de deputado federal.

Eduardo Pinho Moreira (PMDB) - O atual vice-governador do estado (pela segunda vez) é um eterno postulante para disputar o cargo no PMDB. Uma eventual manutenção da aliança com o PSD pode tirá-lo da jogada. Se a aliança não se concretizar, deve lutar dentro do partido pela indicação.

Ideli Salvatti (PT) - A atual ministra das Relações Institucionais foi senadora por um mandato e ficou em terceiro lugar na disputa de 2010. A disputa interna no PT pode inviabilizar sua candidatura.

Leonel Pavan (PSDB) - O ex-governador e ex-senador é um nome forte entre os tucanos, caso nenhuma aliança seja selada. As polêmicas envolvendo a última disputa - quando afirmou ter sido “deixado de lado”- fizeram com que Pavan se afastasse de cargos públicos nestes últimos três anos.

Raimundo Colombo (PSD) - Ex-prefeito de Lages, deputado estadual e federal. Chegou ao Senado em 2006. Em 2010 venceu a eleição para o governo do Estado com votação recorde.