Fechada empresa que produzia máscaras ineficazes contra gripe
As autoridades chinesas fecharam uma empresa que dizia que suas máscaras protegiam do vírus AH1N1, causador da gripe suína e que infectou mais de 480 mil pessoas no mundo todo, das quais 6.070 morreram.
Coube à agência chinesa de alimentos e medicamentos (SFDA, na sigla em inglês) a decisão de fechar a fábrica, localizada em Tianjin, no nordeste do país, e que tinha começado a produzir "máscaras anti-AH1N1" mesmo sem ter formas para fabricar produtos médicos, informou hoje o jornal China Daily.
A companhia, chamada Mingda e cuja sede fica na província de Hebei, vendeu cerca de 5 mil unidades de suas máscaras, ao preço de US$ 1,5 a unidade.
No entanto, na semana passada, o Ministério da Saúde informou que a máscara não era capaz de proteger do vírus da gripe A.
"Nenhuma máscara consegue prevenir gripes e bactérias", disse Shu Yuelong, diretor do Centro de Pesquisa Nacional para a Gripe.
A informação foi confirmada por laboratórios no que se refere ao produto da Mingda, que só previne de alguns tipos de bacilos, estafilococos e bactérias Molina.
A Mingda não respondeu às perguntas da imprensa, e as farmácias de Pequim pararam de vender as máscaras da fabricante. Até o momento, ninguém sabe se a empresa exportou seu produto.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a epidemia da doença está crescendo na China, um dos 20 países a lançar campanhas de vacinação contra a nova gripe.
Até a semana passada, a China havia confirmado 55.000 casos da nova gripe e 16 mortes pela doença.