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Mundo

G7 e UE preveem que gripe será dominante no futuro

11 set 2009 - 15h49
(atualizado às 15h52)
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Os países do Grupo dos Sete (G7, EUA, Japão, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França e Itália) e a União Europeia (UE) decidiram hoje adaptar as políticas sanitárias por causa da possível imposição do vírus AH1N1 como dominante da gripe A no futuro, após levar em conta as provas científicas que apontam esta tendência.

As titulares de Saúde dos sete países mais industrializados, assim como Suécia e Espanha - atual país presidente da UE - e México analisaram em Bruxelas a situação da pandemia e abordaram a evolução estável, mas dominante da gripe, segundo a comissária europeia de Saúde, Androulla Vassiliou.

O recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a experiência do México mostram que o AH1N1 se sobrepõem à gripe comum e está passando a dominante", afirmou Vassiliou em entrevista coletiva.

A comissária acredita que a gripe A poderia, no futuro, se transformar no vírus da estação. Ela não está convencida, contudo, que a doença repita no hemisfério norte o modo como agiu no sul.

Nos países do sul, que se encontram atualmente no inverno, o novo vírus é o predominante e afastou a gripe comum entre 15% e 25% dos casos totais, disse a ministra espanhola de Saúde, Trinidad Jiménez.

"Na Espanha, a proporção de gripe comum variou entre 5% e 20% do total de contagiados nas últimas semanas, mas isso não nos permite pensar que já exista um deslocamento, porque nós estamos no verão e até o outono não poderemos saber em que medida se sobrepõe e se complementam ambos os vírus", explicou Jiménez.

Tanto a comissária europeia como a titular espanhola destacaram a necessidade de preparar os sistemas sanitários nacionais para a convivência de ambos os vírus e para as possíveis interações entre os mesmos.

Embora a Comissão Europeia (CE) não tenha fixado uma data para autorizar a nova vacina - Vassiliou limitou-se a dizer que o processo está no final -, Jiménez afirmou que o andamento deve ser completado até o final de outubro e o início de novembro.

Paralelo ao desenvolvimento da imunização, deve ser mantida a vacinação contra a gripe comum e as medidas para tornarem a doença cada vez mais branda, como hábitos de higiene pessoal ou a adaptação dos sistemas sanitários a um eventual aumento da demanda por terapia intensiva.

"Os Governos seguirão de perto as análises clínicas da vacina, vigiarão seus efeitos secundários e vão trocar informações para adotar critérios idôneos de vacinação", segundo explicaram o diretor-geral de Saúde francês, Didier Houssin, e o titular alemão do ramo, Klaus Theo Schröder.

A representante da Administração americana, Nicole Laurie, destacou que, em princípio, "só será necessário uma dose para imunizar os adultos, é o que indicam as primeiras análises clínicas".

O G7 e a UE definiram de forma unânime os três grupos prioritários à imunização (grávidas, doentes crônicos e os funcionários das áreas médicas), mas as estratégias nacionais diferem "em função da cultura, da demografia e da severidade da pandemia", admitiu Vassiliou.

Por último, os participantes da reunião acordaram ajudar aos países em vias de desenvolvimento a fazer frente à pandemia por intermédio de organismos como as Organizações das Nações Unidas e da OMS.

"Pedimos aos países menos favorecidos que nos indiquem prioridades e necessidades, e assim que recebermos os relatórios todos vamos contribuir", prometeu a comissária europeia.

EFE   
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